segunda-feira, 17 de junho de 2019

Professores fazem mobilização em Orizona contra Reforma da Previdência e cortes na Educação

DA REDAÇÃO - Professores e servidores das redes Municipal e Estadual de Orizona paralisaram suas atividades nesta sexta-feira, 14 de junho, durante mobilização nacional de trabalhadores contra a Reforma da Previdência e em defesa da Educação Pública.
Durante o período da manhã, aconteceu uma audiência na Câmara Municipal de Orizona, onde os trabalhadores na educação apresentaram as reivindicações e debateram sobre as pautas reivindicadas. No legislativo, esteve presente na ocasião somente o vereador Carlos Eduardo da Silva (PSD).
A seguir, o grupo foi recebido pelo prefeito municipal Joaquim Marçal (PSDB), que falou das dificuldades financeiras enfrentadas pela Administração Municipal e se queixou de dívidas que segundo o mesmo, são heranças de administrações anteriores, especialmente no tocante aos repasses para o Orizona Prev, o Instituto de Previdência do Município de Orizona. Prometeu, dentro do possível, dar celeridade das pautas reivindicadas ao Município, a saber, o pagamento do piso salarial do Magistério, o acesso de cargos e a aprovação do Plano de Cargos e Salários.
As centrais sindicais são contra a Reforma da Previdência porque, segundo os mesmos, não é justa, pois não atinge quem tem altos salários, como militares, deputados, senadores, juízes, etc.; dificulta o acesso à aposentadoria; acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição; serão concedidas integralmente aposentadoria por invalidez apenas com 20 anos de contribuição.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado de Goiás (Sintego), diferentemente da propaganda feita pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), essa reforma não combate privilégios, apenas dificulta o acesso à aposentadoria e reduz drasticamente os valores dos benefícios previdenciários. A reforma seria a destruição de todo o Sistema Previdenciário do Brasil e um ataque brutal contra a classe trabalhadora brasileira. Por outro lado, favorece os bancos, em resumo, a capitalização é a privatização da Previdência Pública.
Os manifestantes se posicionaram contrários ao projeto da Escola Sem Partido, porque segundo os educadores, qualquer ação que busque coibir a manifestação de ideias em sala de aula é inconstitucional. O projeto também coloca em vigilância constante os docentes, ferindo a liberdade de ensinar. Além disso, a Escola Sem Partido fere princípios constitucionais como a laicidade do Estado, o pluralismo de ideias  e de concepções pedagógicas e a proteção contra a censura.
Outro ponto que ecoou nesta sexta-feira foi novamente à respeito da redução das verbas para a Educação. O Ministério da Educação (MEC) realizou um corte de cerca de 30% das verbas de Universidades e Institutos Federais. Uma justificativa para o corte seria o aumento do investimento para a Educação Básica em detrimento do Ensino Superior. Entretanto, o MEC congelou R$ 2,4 bilhões que seriam destinados para o financiamento da Educação Básica. Tal ação terá grandes impactos na educação em todo o Brasil, pois grande parte das instituições federais são conseguirão finalizar o ano letivo de 2019.
Outro ponto apresentado pelo Sintego, é com relação à violência contra professores. É uma situação muito grave, em que o Brasil lidera o ranking mundial de violência contra esses profissionais. A sociedade precisa ficar atenta a esse problema, que segundo o Sindicato é muito grave.
Os manifestantes trataram de questões da Gestão Estadual de Goiás, como os cortes na Educação e o reordenamento da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Em nível do Município de Orizona, concentraram na cobrança do piso da Educação e plano de cargos e salários do magistério.

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