DA REDAÇÃO - A experiência bem sucedida de atuação do Conselho Comunitário de Segurança Pública de Orizona tem trazido resultados concretos e como consequência, dado visibilidade ao trabalho desenvolvido. Ações como a construção e gestão da Unidade Prisional e a parceria dos segmentos organizados para a implantação do programa Patrulha Rural Georreferenciada sãos os dois principais exemplos de como a sociedade civil pode contribuir nas políticas de segurança pública, obtendo resultados diferentes daqueles comumente apreciados diariamente nos meios de comunicação.
Por vezes, a gestão e os programas desenvolvidos na Unidade Prisional foram destaques na imprensa estadual e até mesmo nacional. No caso da patrulha rural, o incremento midiático está começando a criar corpo. Além disso, nos espaços executivos e deliberativos de governo, essas experiências tem feito parte dos debates e são, por vezes, usadas como exemplos a serem seguidos. Um caso concreto aconteceu no dia 11 de junho, quando integrantes do Ministério Público de Goiás apresentaram ao presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região o projeto Estruturar para Humanizar.
O projeto foi apresentado ao presidente do TRT da 18ª Região (Goiás), desembargador Paulo Pimenta. A proposta é de, com órgãos parceiros, desenvolver o planejamento e a execução de ações integradas para a estruturação dos órgãos de Segurança Pública do Estado de Goiás, visando contribuir para a melhoria dos serviços prestados e do atendimento para a população, assim como propiciar melhores condições laborais aos servidores públicos.
Conforme informações da assessoria do MP-GO, participaram do encontro os coordenadores dos Centros de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Políticas Públicas, André Luís Duarte, e da Educação, Infância e Juventude, Rafael Machado de Oliveira, ambos do Ministério Público de Goiás (MP-GO), e o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Goiás, Tiago Ranieri. Ao propor a adesão do TRT18 ao projeto como parceiro, foi apontado que a iniciativa já conta com parceria do MPT-GO, do Tribunal de Justiça de Goiás e do governo de Goiás, por meio das Polícias Civil, Técnico-Científica e Militar, do Corpo de Bombeiros e da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, unidades ligadas à Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Os representantes do Ministério Público explicaram ainda que um importante viés do projeto é promover o empoderamento social, envolvendo a comunidade na solução dos problemas locais. Desse modo, eles mostraram ao desembargador Paulo Pimenta fotos de projetos no interior nos quais a comunidade participou ativamente da construção e da melhoria de estruturas onde funcionam órgãos ligados à área de segurança, como o Instituto Médico-Legal (IML) de Campos Belos, a Unidade Prisional de Orizona e as instalações da Polícia Civil em Itajá e Jaraguá. “São boas práticas, frutos de ações isoladas e a ideia agora é criar uma política pública empoderando a comunidade para que ela participe da solução dos problemas que ela vive”, destacou o promotor André Luís Duarte.
Vai virar livro:
A Unidade Prisional de Orizona recebeu nesta segunda-feira, 17 de junho, a visita do professor e escritor Darcy Cordeiro (foto), que está escrevendo um livro sobre penitenciárias brasileiras, onde fará menção sobre a experiência positiva de Orizona. Segundo o diretor da Unidade, Fabrício Bonfim, é muito importante fazer parte de um livro com essa magnitude, e começar a colher os frutos de um árduo trabalho e expressivos resultados.
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