sábado, 4 de fevereiro de 2023

Polícia prende traficante e apreende drogas em Orizona

Um homem de 31 anos foi preso por crime de tráfico de drogas na noite desta sexta-feira (3), no Centro de Orizona. O fato foi registrado em um estabelecimento comercial. Segundo a Polícia Militar, as equipes do Comando de Policiamento Especializado (CPE) da 8ªCIPM, receber denúncias que um indivíduo estaria praticando a comercialização de drogas em um estabelecimento comercial. Diante das informações, as equipes iniciaram o patrulhamento pela proximidade, após visualizarem o indivíduo, foi procedida à abordagem.
Após busca pessoal e no local, os militares encontraram 02 porções de cocaína, 01 porção de maconha, 98 comprimidos de êxtase, 128,00 reais em espécie e 01 aparelho celular. Diante da situação, os militares realizaram a prisão do indivíduo e juntamente com os objetos apreendidos foram encaminhados até Central de Flagrantes da Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos cabíveis.

Texto e foto: Zap Catalão Repórter.

Durante mutirão na Corumbajuba, Prefeitura entrega materiais escolares para estudantes

A Prefeitura de Orizona entregou na última quarta-feira (01/02), kits de materiais escolares do Projeto AlfaMais no povoado de Corumbajuba, para estudantes da Escola Municipal Virgínio Vaz da Costa.
O prefeito Felipe Dias, juntamente com a secretária de Educação Maria das Graças de Castro Lucas Martins (Gracinha), em parceria com o Governo do Estado de Goiás, realizou a cerimônia de entrega de kits de materiais escolares do programa AlfaMais para os estudantes dos 1° e 2° anos do Ensino Fundamental.
O Programa AlfaMais Goiás é um Regime de Colaboração com os municípios goianos que tem como objetivo reduzir os índices de alfabetização incompleta e letramento insuficiente entre as crianças matriculadas nas redes públicas. Visa assegurar a alfabetização completa das crianças na idade certa até o 2º ano do Ensino Fundamental I.
Estiveram presentes na cerimônia de entrega o prefeito Felipe Dias, vice-prefeito Rui de Castro, secretária de Educação e equipe, secretários municipais e vereadores.

Mutirão:

Durante o mutirão, as secretarias levaram diversos benefícios à comunidade daquela região, à exemplo da secretaria da Agricultura e Infraestrutura, que realizou a limpeza, por meio de recolhimento de entulhos e poda de árvores, além de promover a troca de lâmpadas queimadas, e outras ações.
A gestão através da Secretaria da Saúde, contemplou a comunidade com aferição de pressão arterial e consultas. Por meio da secretaria da Ação Social foi feita a atualização do Cadastro Único (CadÚnico), além de vários serviços e oficinas como vacinação, visita dos agentes de Endemias, pulverização pelo 'fumacê', dia de trabalho pedagógico na escola, banca de informações sobre o meio ambiente, entrega de cestas básicas, forró da terceira idade, oficina com materiais em palha, corte de cabelo, manicure e limpeza de pele, apresentação de viola e prosa, além de outros serviços e informações de interesse da comunidade.
Felipe comemorou as ações desenvolvidas no evento, dizendo que "esse momento é muito importante, pois é o resultado do trabalho de todas as secretarias que buscam sempre o melhor para os cidadãos".

Agradecimentos:

O prefeito agradeceu em suas redes sociais pela colaboração de toda equipe e comunidade nas diversas atividades no povoado da Corumbajuba:

"Um prefeito não atua sozinho. Com ele atuam também o vice-prefeito e vários outros funcionários que trabalham no gabinete e também nas secretarias municipais. Os secretários municipais é que executam boa parte das ações requeridas, mas, claro, todas as ações são coordenadas pelo prefeito. Esses profissionais merecem todo o nosso reconhecimento por tamanha responsabilidade.Sabemos que essa não é uma profissão fácil e que apesar de todas as dificuldades vocês se esforçam para fazer um bom trabalho. Assim como todos os profissionais que exercem um bom trabalho merecem reconhecimento, um bom prefeito e equipe que sabe administrar e zelar pela cidade merece ser reconhecido por todos os munícipes.Lutar pelo direito dos cidadãos, pela zeladoria de uma cidade e pela administração dos lugares públicos é um trabalho muito bonito. Sabemos que o que faz de um cidadão comum ser um excelente prefeito é a sua capacidade de colocar o interesse público em primeiro lugar.As dificuldades são imensas, e são essas pessoas que nos dão sustentação
Não existe nação sem vida municipal. O momento é de gratidão", disse.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ Prefeitura de Orizona.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Confira as Comissões para a Câmara Municipal de Orizona para 2023

As comissões permanentes e provisórias da Câmara  Municipal de Orizona foram formadas no início do expediente legislativo de 2023, durante a primeira sessão legislativa extraordinária, ocorrida em 31 de janeiro. A Comissão Permanente de Licitação é formada por servidores, enquanto que as demais citadas abaixo são formadas por vereadores. Veja como foram compostas:

COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO:


MARIA CLAUCILENE PEREIRA - Presidente
CARLOS DOS SANTOS SILVA - Membro
GABRIELA CORRÊA MARQUES - Membro

Compete a comissão permanente de licitação a elaboração e execução de todo e qualquer processo licitatório que for instaurado durante a vigência de sua atuação, desde a elaboração do edital, expedição dos procedimentos de publicação, até a apuração do vencedor do certame.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO:

NAGIB ISSA DUARTE (NAGIBINHO) - Presidente
ULYSSES DOS REIS CASTRO - Membro
WALDIVINO DE FREITAS LEMES (VINO DO BAR) - Membro

Compete a Comissão de Constituição, Justiça e Redação manifestar-se sobre todos os assuntos, quanto ao seu aspecto constitucional, legal ou regimental, e quanto ao seu aspecto gramatical e lógico. É obrigatória a manifestação da Comissão de Constituição, Justiça e Redação sobre todos os projetos que tramitarem pela Câmara, ressalvados os que explicitamente tiverem outro destino por este regimento. Concluindo a Comissão de Constituição, justiça e Redação pela ilegalidade ou inconstitucionalidade, ou anti-regimentalidade de um projeto, dever o parecer vir a plenário para ser discutido e votado.

COMISSÃO DE FINANÇAS E ORÇAMENTO:

RIVADÁVIA JAYME (DR. RIVA) - Presidente
WALDIVINO DE FREITAS LEMES (VINO DO BAR) - Membro
OSVALDO PEIXOTO DA SILVA (OSWALDINHO) - Membro

Compete a comissão de Finanças e Orçamento emitir parecer sobre todos os assuntos de caráter financeiro, com obrigatoriedade sobre:
1 - Proposta orçamentária
2 - Prestação de contas do Prefeito e da Mesa da Câmara
3 - Balancetes e balanços da Prefeitura e da Mesa para acompanhar o andamento das despesas públicas
4 - Proposições que fixem os vencimentos de funcionalismos e os subsídios e a verba de representação do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores, quando for o caso
5 - Zelar para que, em nenhuma lei emanada da Câmara seja criado encargo ao erário Municipal, sem que se especifiquem os recursos necessário a sua execução.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL:

JOÃO LUCAS TEIXEIRA - Presidente
NAGIB ISSA DUARTE (NAGIBINHO) - Membro
ROSELI GONÇALVES CAIXETA MESQUITA - Membro

Compete a Comissão de Educação, saúde e Assistência Social emitir parecer sobre os projetos referentes a educação, ensino, arte, patrimônio histórico, higiene, saúde pública e os de caráter social.

COMISSÃO DE OBRAS, SERVIÇOS PÚBLICOS E ATIVIDADES PRIVADAS:

WALDIVINO DE FREITAS LEMES (VINO DO BAR) - Presidente
OSVALDO PEIXOTO DA SILVA (OSWALDINHO) - Membro
SEBASTIÃO NUNES FERNANDES (ZICO POLICIAL) - Membro

Compete a Comissão de Obras e Serviços Públicos, emitir parecer sobre todos os projetos atinentes a realização de obras e serviços pelo Município, autarquias, entidades paraestatais e concessionárias de serviços públicos de âmbito municipal Compete-lhe também fiscalizar a execução do plano municipal de Desenvolvimento Integrado.

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS:

SEBASTIÃO NUNES FERNANDES (ZICO POLICIAL)  - Presidente
ULYSSES REIS CASTRO - Membro
ROSELI GONÇALVES CAIXETA MESQUITA - Membro

Compete a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais emitir parecer sobre os projetos inerentes a fauna, flora e recursos hidrominerais.

Issy Quinan toma posse como deputado estadual e segue trajetória do pai na ALEGO

Depois de algumas legislaturas, a região norte da Estrada de Ferro conseguiu eleger um parlamentar para a Assembleia Legislativa. O ex-prefeito de Vianópolis Issy Quinan Júnior (MDB), 44 anos, natural de Goiânia, obteve 47.453 votos, a quarta maior votação de um deputado estadual em Goiás em 2022. O agropecuarista e empresário rural anteriormente foi prefeito de Vianópolis/GO, eleito para dois mandatos de prefeito pelo PP (2012 e 2016), muito bem sucedidos e que terminaram com altos índices de aprovação, determinantes para o seu sucesso nas urnas em 02 de outubro de 2022. Depois, foi diplomado pela Justiça Eleitoral em 19 de dezembro do mesmo ano.
Por ocasião da posse nesta quarta-feira, 1º de fevereiro de 2023, Issy postou o que estava sentindo neste momento, para ele, histórico:
"Hoje é mais um dia histórico da minha trajetória política!
Junto aos outros 40 deputados estaduais eleitos participamos da Solenidade de Posse, na @assembleiago. O compromisso firmado hoje é a garantia de que trabalharei diariamente, para honrar cada um dos 47.453 votos que recebi para meu primeiro mandato como deputado estadual. Tenham certeza de que Goiás terá uma política para todos, feita com o coração.
Obrigado a todos os amigos presentes, que participaram desse momento tão importante. Agora, oficialmente, as portas do gabinete estão abertas para vocês!"

Issy segue a trajetória do pai: 

Issy segue o caminho do pai Issy Quinan. Depois de 56 anos, voltará a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Seu pai também foi deputado estadual, advogado e agropecuarista que militou pela UDN e ARENA. Nasceu em 28 de outubro de 1930, Caraíba, município de Vianópolis, filho de José Issy Quinan e Maria Elias Issy. Se casou com Maria Auxiliadora de Andrade Issy, tendo os filhos Issy Júnior e Lorena.
O pai teve uma relevante carreira política, como:
- Vereador na Câmara Municipal de Vianópolis pela UDN de 1963-1967.
- Diretor Administrativo da Cia. de Armazéns e Silos de Goiás (CASEGO), de 1965-1967; e Diretor Presidente da CASEGO de 1967-1968.
- Deputado estadual pela ARENA, 6.ª Legislatura, de 1967-1971.
- Diretor Financeiro da Caixa Econômica do Estado de Goiás (CAIXEGO), de julho/1968 a março/1969; e Diretor Administrativo da CAIXEGO de 1969-1972.
- Novamente candidato a deputado estadual, ficou de suplente pela ARENA na 7.ª Legislatura, de 1971-1975.
Teve uma carreira jornalística e literária, fundando em 1949 o jornal ‘O Vianópolis’, que circulou naquela cidade por algum tempo. Foi colunista e diretor do 'Jornal de Notícias' de Goiânia na década de 1959, importante veículo de comunicação fundado por Alfredo Nasser. Foi autor de 'O Semeador de Ideias’ (discursos), de 1971 e ‘Marcas’ (poesias), de 1982.
Em 1953 foi eleito conselheiro fiscal da Associação Goiana de Imprensa e em 1956 foi eleito secretário-geral da Sociedade Hípica de Goiânia.

Foto: Assessoria Issy Quinan/ Correspondente Vianopolino/ Jornal do Tocantins.

Ministério Público faz recomendação para que Município de Orizona não ceda servidores comissionados

Foto: Orizona em Foco.
O Ministério Público de Goiás (MP/GO) expediu recomendação nesta terça-feira (31/01) ao prefeito de Orizona, Felipe Antônio Dias, para que somente realize a cessão de servidores públicos municipais ao Poder Judiciário em atendimento ao disposto na Resolução nº 164/2021, do Tribunal de Justiça de Goiás. Também foi recomendado ao gestor que não apresente projeto de lei de criação de cargos comissionados em afronta ao disposto no artigo 37, inciso II, da Constituição Federal, à tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do Recurso Especial nº 1.041.210/SP e ao princípio constitucional da separação dos poderes.
No documento, o promotor de Justiça Diego Osório da Silva Cordeiro relata que chegou ao conhecimento do Ministério Público que a administração municipal nomeou diversos servidores para cargos em comissão e os cedeu ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Ele observa que eventuais cessões de servidores ao Poder Judiciário deverão cumprir o disposto na resolução específica sobre o tema editada pelo TJGO, no caso, a Resolução nº 164/2021.
O promotor lembra ainda que “as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, e que a criação desses cargos deve pressupor a necessária relação de confiança entre a autoridade nomeante e o servidor nomeado”.
Diego Osório destaca que a recomendação do MP leva em consideração o fato de que o município apresentou no último dia 26 de janeiro Projeto de Lei (PL) que autoriza o Poder Executivo “a estabelecer programas, projetos e/ou sistemas de cooperação com órgãos estaduais e federais, no sentido de otimizar a execução de serviços públicos inadiáveis e autoriza cessão de servidores e/ou colaboradores para apoio na execução desses serviços, bem como dispõe sobre criação de cargos em comissão para atendimento de assessoramento técnico e superior para implementação desse apoio”. O artigo 5º do projeto, pontua, cria cargos em comissão para cessão ao Poder Judiciário, o que, na avaliação do promotor, afronta os dispositivos constitucionais, o entendimento do STF sobre o tema e o princípio constitucional da separação dos poderes.
Na recomendação, foi dado prazo de 10 dias úteis para que o prefeito informe ao MP sobre o acolhimento ou não da recomendação, especificando-se quais medidas e providências já foram adotadas para que cesse a irregularidade apontada. 

Texto: Ana Cristina Arruda/Assessoria de Comunicação Social do MP/GO.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Secretaria de Saúde de Orizona recebe 02 veículos 0km para transporte de pacientes

O Município de Orizona recebeu nesta terça-feira, 31 de janeiro, dois veículos zero quilômetros, que serão utilizados nos serviços das equipes da secretaria municipal de Saúde e no transporte de pacientes especialmente para Goiânia.
Os veículos custaram aproximadamente 78 mil reais aos cofres públicos e foram adquirido por meio de emenda parlamentar no valor de 140 mil reais do deputado estadual Henrique Paulista Arantes (MDB), por intermédio dos vereadores Ulysses Castro, João Lucas Teixeira, Rivadávia Jayme e Osvaldo Peixoto, com contrapartida da Prefeitura de Orizona. Os veículos são da marca/modelo Fiat Argo Drive 1.0, com propostas apresentadas pela Belcar Automóveis Ltda.
Em fala na presença dos vereadores e do secretário de Saúde Hernane Rodrigues, o prefeito Felipe Dias disse que agradecia "aos vereadores pelo empenho em mediar a vinda desse recurso. Mais um benefício para a Saúde de Orizona”.

Padre José Elias toma posse nesta quarta-feira na paróquia de Orizona

O bispo diocesano de Ipameri, Dom José Francisco Rodrigues do Rêgo, dará posse ao novo pároco da Paróquia Nossa Senhora da Piedade de Orizona, padre José Elias Luciano da Silva. A Solene Celebração Eucarística de Posse Canônica será realizada na Igreja São José, no bairro Santa Maria, nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, as 19 horas.
A posse acontecerá após mudanças feitas pelo bispo diocesano no clero das paróquias da diocese. José Elias, de 59 anos de idade, possui 23 anos de vida sacerdotal e terá a sua primeira vez de trabalho pastoral em Orizona.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

360 Anos: Anotações sobre a história dos Correios no Brasil

Neste dia 25 de janeiro de 2023 fizeram 360 anos de trajetória dos Correios no Brasil, o serviço mais antigo de nosso país. Serviram um muitas ocasiões para encurtar as distâncias das capitanias e depois províncias, na maioria muito isoladas da Côrte de Salvador e posteriormente do Rio de Janeiro. Muitas das estradas do interior do país foram abertas para atender as necessidades desse serviço. Mas ao falar de Correios, não podemos misturar com a atual autarquia federal (ECT), criada em 20 de março de 1969 com o Correio-mor, de 25 de janeiro de 1663.
De acordo com Paulo Novaes, da página Agências Postais, foi no reinado de D. Afonso VI de Portugal, que o regimento de 25 de janeiro de 1663 nomeou o Alferes João Cavalleiro Cardozo para o cargo de Correio da Capitania no Rio de Janeiro, criando oficialmente o serviço postal no Rio de Janeiro (e no Brasil). Nesse dia é comemorado o aniversário dos Correios e também o Dia dos Carteiros.
Antes de 1798, o ofício de Correio-mor estava nas mãos da família Gomes da Mata, que comprou o ofício de Correio-mor em 1606. “Em 1797 um decreto da Coroa Portuguesa estatiza e centraliza os serviços postais, subordinando-os ao Ministério da Marinha e Ultramar. Com isso inicia-se o processo de organização postal oficial pelo Alvará de 20 de janeiro de 1798, cujos preceitos seriam adotados pelo Brasil por Ato de 24 de abril de 1798 com a instalação da Administração do Correio da Corte e da Província do Rio de Janeiro, sediada no Paço dos Vice-Reis (mais tarde Paço Imperial)”[1].
Brasão do Correio no tempo do Império.
Em consonância com Mayra Calandrini Guapindaia[2],
As reformas dos correios fizeram parte de um conjunto amplo de ações executadas pelo ministro da Marinha e Ultramar, dom Rodrigo de Sousa Coutinho. O principal propósito dessas transformações era recuperar as receitas de Portugal, devido ao desgaste financeiro provocado pela guerra com a França. Para dom Rodrigo, as relações econômicas entre o Reino e seus domínios imperiais, especialmente a América portuguesa, tinham grande importância. A tentativa de reequilíbrio financeiro da metrópole era permeada pelo bom aproveitamento do espaço americano, seja no sentido da melhor administração, das transações comerciais ou na questão da cobrança de impostos. Assim, uma das primeiras ações de dom Rodrigo ao assumir a Secretaria da Marinha e Ultramar foi a inauguração do Correio Marítimo entre Reino e domínios em 1798, instituição que auxiliaria tanto na manutenção da comunicação à distância, essencial para o comércio, quanto na recolha fiscal, por meio da arrecadação dos portes das cartas”.
No final do século XVIII, a Coroa usou como estratégia, a apropriação das antigas estradas que cortavam o interior do Brasil e que chegavam às vilas existentes. É fato que naquela época e infraestrutura de estradas e pontes era precária. Coincidindo com a crise do ouro, utilizaram as estradas da mineração, além das hidrovias existentes.
Caixa postal da Primeira República.
Guapindaia registra que essas rotas de integração e o conhecimento geográfico gerado no período do auge do ouro foram reaproveitados para a fundação de rotas postais após 1798. Os governadores do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso não apresentaram, nos primeiros anos das reformas, sugestão de abertura de recovagens públicas, ou seja, novas estradas e caminhos. Se utilizaram de certa autonomia decisória para acionar vias já existentes, mas sem deixar de cumprir parcialmente as ordens da Coroa, atentando-se para a instituição de envios regulares de correios terrestres.
Ainda em 1798, o conde de Resende também apontou a necessidade do giro postal entre Minas e o Rio de Janeiro como entreposto para as cartas do Vice-reinado para Goiás. Neste sentido, na tentativa de construir uma rota postal integrada, o vice-rei indicava enviar anexo ao ofício para Bernardo José Lorena comunicação para a Junta da Fazenda de Goiás a fim de acordar as questões relativas aos correios das três capitanias.
Sede do Correio no Rio de Janeiro.
É possível perceber a urgência da Coroa Portuguesa, que buscou agilizar o cumprimento de vários encaminhamentos. O vice-rei Lorena escreveu em 11 de agosto de 1798 para Tristão da Cunha Menezes, governador de Goiás, afirmando que o itinerário deveria continuar de Vila Rica até o arraial de Paracatu. Neste ponto, os carregadores de Goiás assumiriam a mala, levando-a para Vila Boa. Os transportadores de Minas levariam a mala de Paracatu para Vila Rica, de onde deveriam ser distribuídas as missivas goianas para Minas Gerais. De lá, poderiam chegar ao Rio de Janeiro e serem enviadas para Portugal.
Vemos, portanto, a integração do giro postal, no qual desde Goiás poderia se comunicar com outras capitanias e, em última instância, com o Reino. Nesse sentido, o território goiano pode ser considerado, na definição de Russell Wood, como uma hinterland, ou seja, um local periférico com certa distância que possui continuidade territorial com um núcleo, Goiás passaria a se conectar remotamente com o mundo exterior Goiás, ligada pelas vias das Minas Gerais, conseguia este continuum com o Vice-reinado.
O caminho indicado por Bernardo José é coincidente com a Picada de Goiás, ou Caminho de Goiás. As negociações para abertura e manutenção dessa estrada datam dos anos 1730, e tinham o intuito de garantir a comunicação do sertão goiano com as Minas, tendo como principal objetivo a exploração aurífera. A passagem das Minas era feita por Paracatu para então atingir o Registro dos Arrependidos, seguindo para Vila Boa. Foi estabelecido em função da descoberta de ouro no sertão de Goiás, que em 1748 seria elevada à condição de capitania. A sua importância era de tal ordem que, em 1720 a Coroa Portuguesa estipulou a pena de morte para quem abrisse, sem autorização, outros caminhos entre a capitania de Minas Gerais e Goiás, determinações reiteradas em 1733 e 1758.
Cartão postal do séc. XIX.
Essa via iniciava-se em Pitangui, em Minas Gerais, permitindo o abastecimento da nova região aurífera, a imigração e o escoamento da sua produção mineral. O troço adiante de Meia Ponte, na estrada para Vila Boa de Goiás, prolongamento da chamada Estrada Real, era calçado. O Caminho de Goiás prolongava-se daí em diante, alcançando Vila Bela da Santíssima Trindade no sertão do Mato Grosso. No total, o chamado Caminho de Goiás estendia-se por 266 léguas (cerca de 1.596 quilômetros), separando Vila Boa (Cidade de Goiás) do Rio de Janeiro, e consumindo cerca de três meses de viagem.
Em Instruções das Juntas da Fazenda de Minas, também de 11 de agosto de 1798, percebemos a adição de mais um caminho a este roteiro: de Vila Rica, a mala seguiria para Sabará para depois atingir Paracatu, havendo troca de malas em Bambuí. Foi o chamado Caminho do Correio. Mais recente que o Caminho Velho da Minas, que era muito ruim, em 1698, o governador da Capitania do Rio de Janeiro, Artur de Sá Menezes (1697-1702), informou à Coroa Portuguesa a necessidade de se abrir um novo caminho para aquele sertão. A tarefa coube ao bandeirante Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias Paes Leme. O trabalho foi concluído em 1700. Nesta época, o Caminho Novo era percorrido em cerca de um mês, um terço do despendido no Caminho Velho. O governador das Armas de Goiás, Raymundo José da Cunha Mattos, em seu Itinerário (1823), falava  como foi percorrer esse caminho.
Figura do Carteiro.
O caso de São Paulo permite entrever as principais justificativas para a recusa da abertura de recovagem pública. Para além do estipulado no alvará de 20 de janeiro de 1798, um aviso do ano seguinte, de autoria do príncipe regente dom João, ordenava o cumprimento da primeira lei, especificando que deveria haver abertura de via terrestre para ligar São Paulo a Goiás e Mato Grosso. A ideia por trás deste ordenamento era permitir, além da troca de correspondência, o comércio de prata com a América espanhola. Goiás e Mato Grosso eram responsáveis pelo transporte que perpassasse os as duas capitanias.
Estava previsto também o transporte pluvial entre Goiás, Mato Grosso, Pará e Amazonas. Foram realizadas viagens exploratórias na região para avaliação das condições. Em maio de 1798, a Coroa solicitou que os governadores do Pará e Goiás organizassem comunicações regulares entre suas capitanias. Tal ação, deve-se notar, fez parte de um plano mais amplo de revitalização econômica a partir da ligação entre Goiás e Pará, e que englobava a também a questão da troca de correspondência. Surgiu a Estrada do Correio do Rio para o Grão-Pará (Pará).
Atual sede dos Correios de Orizona.
Foram esses os caminhos principais nos séculos XIX que predominaram como via de trânsito das tropas de mulas que circulavam do Rio de Janeiro por Minas Gerais, até Goiás e vice-versa e de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, no outro trecho. Normalmente, os carregadores goianos recebiam as correspondências e encomendas na última cidade mineira e na volta, encaminhava até Minas Gerais.
Na segunda metade do século XIX, temos registros do itinerário do Correio, saindo do Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais e Goiás. Nas décadas de 1850 a 1890, o arraial dos Corrêas ou Campo Formoso era praticamente inexistente e foi se desenvolvendo com o tempo. Os moradores da região tinham, caso precisassem, que ir a Santa Cruz ou Bonfim (Silvânia), os mais próximos, para despachar ou receber correspondências.
Conforme era o procedimento, as cartas saíam do Rio de Janeiro para as províncias de Goiás e Minas Gerais entre 1857 e 1875, sendo que,
Remetem-se malas de cartas e jornais quinze vezes por mês, e em Fevereiro somente quatorze vezes, sempre de 2 em 2 dias, isto é, a 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 26, 28 e 30, recebendo também malas da dita província nos dias 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19, 21, 23, 25, 27 e 29. Vai correspondência para as agências de Paraíba do Sul, Pampulha, Registro de Paraibuna, Chapéu das Uvas, Juiz de Fora, Barbacena, Queluz, Ouro Preto, S. João d’El Rei, S. João Nepomuceno, Araxá, Desemboque, Formiga, Mar de Hespanha, Oliveira, Paracatu, Patrocínio, S. José d’El Rei, Tamanduá, Três Pontas, Passos, Jacuí. Sabará, Pitangui, Mariana, Santa Bárbara, Itabira, Conceição, Serro, Minas Novas, S. João Batista, Grão Gomor, Rio Pardo, Diamantina, Formiga, Januária, S. Romão, Bonfim, Catalão, Jaraguá, Meia Ponte[Pirenópolis], Santa Cruz de Goiás, São Pedro de Alcântara e Goiás: todas essas malas são entregues

em Petrópolis para daí seguirem os seus destinos; e contrato que há para esse serviço, deve-se gastar desde Petrópolis até Barbacena 48 horas, até Ouro Preto 64 horas, e até S. João d’El Rei 75 horas
”[3].
Telegrama enviado pela Estrada de Ferro.
Conforme Jorge Seckler[4] o transporte de cartas de São Paulo para Goiás saía em 1887, de três em três dias: 3, 9, 12, 15, 21, 24, 27, 30 às 5:30 horas e chegava em São Paulo em 1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25, 28. As cidades goianas que recebiam as correspondências diretamente eram Bonfim, Catalão, Corumbá, Entre Rios (Ipameri), Goiás, Jaraguá, Meia Ponte, Pouso Alto (Piracanjuba), Santa Cruz de Goiás, Santa Luzia (Luziânia) e Villa Bella de Morrinhos (Morrinhos).
Acreditamos que a agência dos Correios foi instalada no período que foi elevado ao distrito policial e de paz de Nossa Senhora da Piedade de Campo Formoso, ou seja, no início da década de 1890. Em 1904, por exemplo, era agente do Correio o senhor Abilon Borges, filho do então professor Salviano Pedro Borges, cargo que ocupou por longo tempo. Com a chegada da ferrovia na década de 1920, o serviço agilizou bastante e foi inserido a parte de telecomunicações, com a rede do telégrafo. Em 1931 o decreto nº 20.859, de 26 de dezembro de 1931, funde a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos e cria o Departamento dos Correios e Telégrafos. O primeiro ponto de telégrafos chegou em Campo Formoso depois de 1928, com a inauguração da estação ferroviária de Ubatã. Dentre os locais que funcionou a empresa, certamente a agência no endereço atual (Rua Marechal Floriano Peixoto) é a mais longeva. Foi construída na década de 1940 durante a gestão do prefeito José da Costa Pereira e restaurada teve recentemente.
Sede da ECT em Brasília.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), o Correios atual, foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações mediante a transformação da autarquia federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos (DCT). A mudança não representou apenas uma troca de sigla, foi seguida por uma transformação profunda no modelo de gestão do setor postal brasileiro.
Com as crises financeiras da década de 2010, onde os Correios fecharam com saldos negativos em alguns anos, começou a ser cogitada a sua privatização, primeiro no governo Michel Temer (PMDB) e depois no de Jair Bolsonaro (PL), sendo que o último despachou encaminhamentos para que isso pudesse acontecer. Já como primeiro ato administrativo, em 1º de janeiro de 2023, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou o processo de privatização dos Correios. Para além da necessidade da sua gestão na esfera pública ou privatização, essas iniciativas governamentais estão ligadas principalmente a visão de governo. Governos liberais, de influência econômica clássica, defendem a redução do tamanho do Estado e os progressistas, de influência keynesiana, defendem a manutenção do Estado social e de atuação mais ampla.
É comum vermos casos de reclamações da população a respeito do funcionamento dos Correios. Em Orizona isso não é diferente e talvez ainda mais comum que em outras localidades. Essa empresa pública foi e ainda é essencial e tem um papel histórico no país que não pode ser comparado a nenhuma outra empresa do ramo. Que continuemos a contar com a mesma por muitos anos, esperando que seus problemas financeiros e operacionais sejam corrigidos e que satisfaça a todos os seus usuários.

ANSELMO PEREIRA DE LIMA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. NOVAES, Paulo. História dos Correios. In: http://agenciaspostais.com.br/?page_id=11500. Consultado em 28/01/2023.
2. GUAPINDAIA, Mayra Calandrini. Correios por estradas e rios: a tentativa de integração postal das capitanias da América portuguesa (1798-1807). In: Tempo. Vol. 28 n. 3. Niteroi/RJ. Set a Dez/2022. Pág. 178-198.
3. LAEMMERT, Eduardo Von. Almanak Administrativo Mercantil e Industrial da Corte do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1876.
4. SECKLER, Jorge. Almanach da Provincia de São Paulo – VI Ano. São Paulo: Jorge Seckler&Comp., 1888.