Goiás,
na Primeira República, vivia em condições periféricas de prestígio em relação
ao restante do país. Era considerado um Estado satélite, de terceira categoria,
sem muita força política. No parlamento (Câmara dos Deputados), somava apenas
quatro representantes, que geralmente não exerciam influências junto ao governo
e as bancadas.
Esta
lógica às vezes mudava momentaneamente, como foi na ascensão de José Leopoldo
de Bulhões Jardim, que chegou ao início do século XX ao primeiro escalão do
governo Rodrigues Alves, ocupando o cargo de Ministro da Fazenda. Também foi
diretor do Banco do Brasil. Graças a sua intervenção (mesmo criticado pelos
oposicionistas goianos) foi possível que a via férrea adentrasse depois de
muita espera o Estado de Goiás.