terça-feira, 9 de março de 2021

Um breve histórico do Processo Migratório em Orizona e regiões vizinhas

Uma região ou uma cidade se estabelece e se fortalece política e economicamente através do empenho de seus moradores. Muitas vezes, porém, esses moradores são egressos de outras localidades do Estado ou do país. E mesmo de outros países. E nesse empenho, de tornar melhor as suas vidas, acabam contribuindo para a melhoria de todo os seu meio.
Pensando desta forma, redigimos esse pequeno e modesto texto, que tratará um pouco dos imigrantes que vieram para Orizona e aqui empreenderam. E esses colaboradores precisam ser citados desde o tempo dos indígenas que aqui viveram, depois, imigrantes paulistas, mineiros, nordestinos, portugueses, espanhóis, etc, e seus trabalhadores livres e escravizados que povoaram Santa Cruz, a cidade patrícia da nossa.

1. A ocupação das minas de Goiás e o início da burocracia na Capitania:
Os colonizadores, de origem portuguesa, começaram a ocupar esse território especialmente a partir da instalação do Bartolomeu Bueno da Silva no início da terceira década do século XVIII. As bandeiras portuguesas oriundas de São Paulo, na ambição pelas Minas dos Goiases, foram ocupando o território e conquistando essas riquezas.
A partir das primeiras povoações e da necessidade da instalação de órgãos da Coroa Portuguesa, as primeiras famílias foram ocupando esse espaço, junto com seus trabalhadores escravizados, trabalhadores pobres e animais de criação. Portanto, essas primeiras famílias geralmente eram oriundas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, além daqueles que chegavam diretamente de Portugal, por ordem de El-Rei.
Os primeiros que chegaram foram aventureiros, em busca da obtenção de muito dinheiro na mineração. Tanto Santa Cruz, quanto Bonfim (Silvânia) e Santa Luzia (Luziânia). Depois, tanto com o declínio do ouro em Minas Gerais e posteriormente em Goiás, os povoadores passaram a priorizar a busca por terras e em prol de atividades agropastoris.
O território de Santa Cruz na área onde futuramente se instalou a capela de Nossa Senhora da Piedade dos Correias e que na última década do século XIX tornou-se distrito de Nossa Senhora da Piedade de Campo Formoso, não apresentava interesses para a mineração e foi inicialmente muito pouco povoado por fazendeiros. Esses moradores geralmente se instalavam próximo às estradas, como a Estrada Geral de Goiás, as estradas para Santa Luzia (Luziânia), entre outras. Somente a partir de meados do século XIX que a dinâmica populacional modificou.

2. A vinda de fazendeiros mineiros para a região:
As primeiras famílias mineiras desta frente migratória que chegaram ao sertão de Santa Cruz o fizeram especialmente a partir da segunda década do século XIX (por volta de 1820), incentivados principalmente pela crise da mineração nas Minas Gerais e os incentivos dados para que se adentrassem e povoassem o sertão goiano. Desde o final do século anterior, a exploração mineral havia entrado em decadência naquela província e as famílias começaram a se deslocar ao norte e oeste, rumo ao sertão da Farinha Podre (Triângulo Mineiro), Goiás e Mato Grosso.
O terreno de Goiás tinha quase a mesma consistência do das Minas Gerais: muitos campos, grande número de capões, morros, montanhas graníticas e outras cheias de riquíssimo mineral de ferro; uma larga e extensa mata destruída. Era possível encontrar na beira das estradas, muitas perdizes, codornas, poucas araras e papagaios, imensos tucanos e pombos bravos, pequenas criações de porcos, e ainda menores de gado bovino (vacum). Engenhos manipulando pouco açúcar, e muita rapadura e aguardentes.
O brigadeiro Raymundo José da Cunha Mattos, em 1823, em seu Itinerário de Viagem para a capital Vila Boa, observava o grande aumento recente da população, especialmente na região de Santa Cruz, por conta desse processo migratório: “É verdade que alguns distritos tem tido (como já disse), um considerável acréscimo na população, principalmente o de Santa Cruz, para onde tem entrado muitos geralistas convidados pela amenidade do clima e riqueza vegetal das terras do julgado”.
Já estavam nesse período, na região, famílias com os sobrenomes Correa Peres, Lopes dos Santos, Lemes, Barbosa, Freitas, Mendes Valle, Cabral; depois vieram os Pereira Cardoso, os Fernandes de Castro, os Vieira da Motta, os Fernandes de Oliveira, Martins, José da Silva, Gonçalves Pinheiro, e outros muitos.
A partir do início dos anos de 1820 até 1850, comprovando essa forte onda migratória, pelos registros de casamento e batizados realizados em Santa Cruz é factível a grande presença de imigrantes mineiros, alguns já instalados, e outros em processo de mudança. Também é percebível a instalação de algumas famílias que, oriundas daquela província vizinha, fez escala antes na região de Catalão e Vai-Vem (Ipameri), chegando um pouco mais tarde. Poderemos citar, nesse sentido, os Vaz Costa, Nunes de Paula, Ribeiro Silva e Martins Borges. Também há casos dos que se estabeleceram primeiramente em outras regiões de Santa Cruz, em Santa Luzia, Bonfim.
No “Esboço Histórico da Paróquia N. Senhora da Piedade de Orizona – Arq. De Sant´Ana – Goiaz” (1945), presente no livro de Tombo nº 02 da paróquia de Orizona, a pedido do bispo diocesano Dom Emanuel, o padre José Trindade da Fonseca e Silva (Cônego Trindade) faz, algumas observações, conforme consultas em relatos de outros sacerdotes de pesquisa feita nos livros da paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Santa Cruz:
“A partir de 1830 começam aparecer os lugares que no futuro formarão o território de Nossa Senhora da Piedade.(...) Em 1836 aparecem os nomes dos ‘sítios’ do Baú, onde se batizavam muitos inocentes, Cocal, Santa Bárbara, Cuiabanos, Taquaral, Cachoeira, Posses, Piracanjuba, Engenho Velho, Boa Vista, Campo Alegre, como se depreende dos livros de registros de batizados assinados pelo vigário Colado Padre Antonio Joaquim Teixeira. A partir dessas datas os nomes vão aparecendo progressivamente. Em 1837 é o padre Antonio Ferreira de Lima que percorre a região apontada, já se salientando a Fazenda de Santa Bárbara, como redutos de muitos sacramentos administrados.”
O chamado giro ou desobriga era feito por uma grande extensão territorial, uma vez que os sacerdotes da freguesia de Santa Cruz atendiam a várias e distantes localidades, como as que hoje compõem os municípios de Cristianópolis, Palmelo, Pires do Rio, Orizona, Urutai, Ipameri, Campo Alegre, Catalão, Goiandira, Corumbaíba, Marzagão, Rio Quente, Caldas Novas, Piracanjuba, Morrinhos, São Miguel do Passa Quatro, Vianópolis e Silvânia. Bonfim geralmente tinha vigário, assim como Catalão e posteriormente, Vai-Vem.
Durante os giros, os sacramentos eram ministrados e celebrações eucarísticas eram realizadas e bênçãos eram dadas. A figura do sacerdote não era tão frequente nesses meios e essas ocasiões eram tratadas com grande relevância pelos moradores dessas antigas comunidades. Foi nessa perspectiva e nessa dinâmica, que os fazendeiros se organizaram com o propósito de levantar uma capela, que passaria a ser o símbolo de suas devoções.
Durante toda a segunda parte do século XIX, famílias originárias do Oeste mineiro, migraram para a região do que é hoje Orizona. Algumas inclusive vieram e depois retornaram. Outros vieram e mantiveram suas propriedades e vínculos no Estado vizinho. Orizona teve um povoamento tipicamente mineiro.
A nossa cultura, com grande influência mineira, chamou muita atenção do jornalista e escritor carioca Maurício Barros de Castro, que registrou no livro “Juventudes Rurais: cultura e desenvolvimento” (2007), juntamente com o fotógrafo Gustavo Stephan, que ao tratar de Orizona, destacou que:
“Localizada no Cerrado, a 138 Km de Goiânia, Orizona possui pouco mais de 13 mil habitantes. Diante da hospitalidade e do sotaque dos moradores, é possível imaginar que se trata de um município mineiro. O que não chega a ser um equívoco completo. O povoamento do lugar se deu a partir de agricultores que chegaram de Minas Gerais, entre os anos de 1840 e 1850, quando foi fundado”.
Mesmo depois da emancipação política, em 1909, algumas migrações foram importantes. Por exemplo, em 1920, veio de Catalão a família Rosa Mesquita, se fixando no município, principalmente na cidade e no povoado da Cachoeira.

3. Imigração Libanesa e pela Estrada de Ferro:
A imigração sírio-libanesa teve início na segunda metade do século XIX mais precisamente em 1870, dez anos depois em 1880 o movimento migratório atingiu todas as aldeias do Líbano. As causas da imigração foram de ordem política, religiosa e econômica ou pela conjunção de dois ou até mesmo dos três fatores. Foram abertas duas rotas de imigração:
1. Para o Egito, Sudão e colônias da França e Inglaterra situadas na África (central e ocidental) esta rota mais antiga era a preferida pelos não cristãos;
2. Para as Américas, Austrália, Nova Zelândia e ilhas do pacifico, rota preferida pelos cristãos.
Na América os Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil eram os países preferidos nesta ordem pelos sírios libaneses. O trajeto era feito em duas escalas: do Líbano para um porto da Europa ocidental (Marseille-França e Nápoles ou Genova - Itália) e deste para a América, sempre na terceira classe dos navios.
A imigração para o Brasil aumentou as vésperas do século XX por vários motivos: muitos não conseguiram visto para os Estados Unidos, ou achavam que entrando no Brasil seria mais fácil a entrada para os Estados Unidos posteriormente, outros, ainda, foram enganados pela Companhia de navegação desembarcaram no Rio ou em Santos achando que estavam em solo norte-americano, porém grande parte chegou ao Brasil encorajados por familiares que já estavam por aqui e que viam no Brasil uma chance de melhorar a vida.
Outro fato que contribuiu para o aumento da imigração para o Brasil foi a visita do Imperador D. Pedro II ao Líbano em 1876 estreitando o relacionamento entre os dois países. Devido o domínio turco otomano os sírios e libaneses até 1892 entraram com passaportes Turcos, de 1893 a 1926 foram classificados como sírios e somente a partir de 1926 entraram com passaporte libanês.
Diferentemente de outros imigrantes os sírios e libaneses fixaram-se nos grandes centros e se dedicaram as atividades comerciais. Com pouco capital e após conhecimentos básicos da língua portuguesa era comum os sírios e libaneses iniciarem a vida como mascate.
Goiás os foi recebendo em grande escala e o fluxo deles teve como principal influência a antiga Estrada de Ferro Goiás, que se iniciava em Araguari e se encerrava em Anápolis, razão por que esta cidade os recebeu em grande escala. Através da estrada de ferro, Orizona recebeu uma importante comunidade de origem libanesa. Desde a década de 1920 esses imigrantes se faziam presente, uma vez que foi nessa época que a ferrovia chegou ao município.
Foram pessoas de credibilidade que viveram ou ainda vivem aqui, prosperando principalmente na área comercial. Ao falar dos libaneses lembramos do ‘Seu Nain’, Ibrahim, Elias e vários outros comerciantes. Mas conhecemos outras famílias, como a Helou, a do senhor Felipão, etc.
Vamos a um pouco de história: Jamil Hanna El Khouri teve que abandonar seu país de origem, pois seu irmão mais velho, o então ministro do Líbano, Ibrahim Hanna El Khouri, que lutava pela unificação dos países árabes, foi considerado pelo partido de oposição como “fascista”. Jamil, depois de rodar o mundo todo, foi parar na cidade de Orizona, em 1951.
Apaixonou-se por Zélia de Castro e se casaram e a família prosperou por aqui. Outros familiares também fugiram da guerra e vieram parar no Brasil. É o que relata o artista e poeta Diego EL Khouri, como segundo o mesmo se autodenomina, "um descendente da exclusão".
Algumas famílias chegaram em outros municípios da região, à margem da ferrovia, como Pires do Rio e Ipameri, com grande população libanesa e posteriormente, o acaso fez com que se mudassem para Orizona.
Além dos libaneses, muitos cidadãos imigraram para Campo Formoso/Orizona a partir do avanço da ferrovia. Apesar de a estação ter ficado em Ubatan, o que prejudicou um pouco o desenvolvimento da sede do município, o boom econômico impulsionado pela ferrovia e o desenvolvimento econômico a partir de 1930, fez com que jovens idealistas e profissionais liberais em busca de melhores condições de vida, fizessem moradia na localidade, vindos de outros Estados e de municípios goianos. Esse atrativo não se prolongou muito. Com a chegada da ferrovia em Anápolis e da construção da nova capital, Goiânia, Orizona deixou de ser atraente nesse aspecto.

4. As imigrações japonesas:
Os japoneses e principalmente, descendentes de japoneses, são numerosos no país e ao longo dos anos, surgiram em nossa cidade alguns cidadãos e algumas famílias, que vieram principalmente a partir da região Sudeste do Brasil, em busca de oportunidades e até de constituir uma nova família. E assim aconteceu, em pequeno número, mas por pessoas de muito boa índole, trabalhadoras e muito queridas na comunidade.

5. As imigrações sulistas, mineiras e paulistas:
Na década de 1980 e 1990, surgiu uma nova modalidade de imigrantes: trabalhadores mineiros e paulistas, com o incentivo do desmatamento do Cerrado, para produção de carvão, vieram para conduzir ou trabalhar nas carvoarias. Também foi a vez de trabalhadores oriundos de municípios do sul de Goiás, os chamados “Goiatubas” (porque a maioria era da cidade de Goiatuba).
Após as carvoarias, foi a vez de incentivar os cultivos de soja e outras culturas agrícolas de forma intensiva. Além dos pioneiros das carvoarias, foi a vez de sulistas, principalmente oriundos do Rio Grande do Sul, e paulistas, adquirem terras para essas atividades. Ainda hoje, produtores rurais vindos do norte de São Paulo, tem grande presença e atuação econômica em Orizona.
A fábrica de conservas Oderich, fundada em Orizona em 2006, com matriz em São Sebastião do Caí/RS, permitiu a vinda de mais imigrantes do sul do país, alguns com o propósito de ajudar a dirigir a empresa e outros, em busca de trabalho.

6. A imigração nordestina:
Desde o princípio, na formação da vila de Santa Cruz, até os tempos atuais, muitos nordestinos ocuparam a região e desempenharam importante papel. No tempo que a capital era Salvador e que a capitania de Pernambuco fazia fronteira com Goiás, muitos cidadãos daquela região acresceram de diversas formas aos goianos.
O livro “Tropas e Boiadas” (1917), de Hugo de Carvalho Ramos, talvez a obra máxima da literatura goiana, mostra bem o que representou as contribuições de boiadeiros e vaqueiros nordestinos e tropeiros gaúchos para a formação de nosso povo.
Em Orizona, não sabemos de uma referência histórica mais antiga da imigração nordestina. Os “baianos”, pois todo nordestino que chega a nossa cidade é/era chamado assim, pelo que sabemos, vieram de forma mais significativa a partir da década de 1970, através dos Pereira de Sousa do Capim, junto com seus familiares, que ainda hoje perpetuam no município. Quem não conhece a família da dona Baia? As carvoarias, as lavouras dos anos de 1980 e 1990 também favoreceram a vinda de famílias ou de aventureiros individualmente.
A instalação de agroindústrias em Orizona, principalmente, no início deste milênio, fez com que se mantivesse um fluxo migratório nordestino quase permanente, em busca de trabalho na região.

7. Imigração Haitiana e Dominicana:
A imigração haitiana no Brasil é resultado da instabilidade política e econômica vivida no Haiti. Comumente o país é noticiado por causa de conflitos políticos, crises econômicas e catástrofes naturais. Em 2010, o território haitiano sofreu um intenso abalo sísmico, cujo epicentro estava próximo da capital do país, Porto Príncipe. Esse terremoto devastou o país.
Por conta das difíceis condições da ilha, muitos cidadãos, muitas vezes pessoas qualificadas, buscaram outros países da América em busca de trabalho e melhores condições de vida. Por algum tempo, haitianos e seus vizinhos da República Dominicana adentraram o Brasil, principalmente pela fronteira norte, penetrando por todo o país.
Alguns chegaram a Orizona e buscaram se estabelecer no município, principalmente em busca de trabalho. A maioria, logo que viu que eram poucas as opções de trabalho, se deslocaram para Estados do Sul e Sudeste. Mas ainda tem gente originária desses países vivendo em Orizona.

8. Os Emigrantes de Orizona:
Se muitas pessoas vieram de outros lugares para viver em Orizona, o inverso também é verdade: em diferentes épocas, orizonenses saíram do Município e foram em busca de melhores condições de vida em outros municípios do Estado e outras regiões do país.
Na década de 1940, por exemplo, orizonenses saíram em busca de melhores condições de vida na nova CANG (Colônia Agrícola Nacional de Goiás), que virou posteriormente Ceres e Rialma. A CANG foi a primeira de uma série de oito colônias criadas pelo governo de Getúlio Vargas na década de 1940. Foi implantada em um terreno fértil. A CANG foi uma das primeiras experiências de reforma agrária no país, e também uma das poucas com resultados satisfatórios. Criada em 1941, fez parte das políticas expansionistas de Getúlio Vargas.
Bem próximo dessa região estava Itapaci, cidade que foi fundada pelas mãos de muitos imigrantes, principalmente orizonenses. Talvez, mais de uma centena de famílias de patrícios tenha de mudado para esse destino, em busca de boas condições de vida, contribuindo para a criação da nova cidade. O povoamento iniciou-se na década de 1920 nas terras das fazendas Água Fria e Barra, fazendas de gado. O terreno foi doado por um fazendeiro chamado Domiciano Rodrigues Peixoto e uma cruz foi erguida em 1935. O primeiro nome foi Água Fria, logo alterada para o nome de Floresta, e em 1938, mudado para Itapaci. Em 11 de agosto de 1945, foi elevado aos status de município.
Por volta de 1950, fazendeiros da região da Firmeza, Taquaral e Cachoeira de mudaram para uma extensa região no município de Iporá/GO, chamado Vale do Santa Marta. Israel de Amorim, então prefeito de Iporá, resolveu fazer um campo de pouso em 1949 para facilitar o escoamento da produção de cereais da região e viabilizar o transporte de pessoas para a capital do Estado. Devido ao posterior desenvolvimento, foi criado em 1953 o distrito de Campo Limpo. Após novo impulso progressista, tornou-se município em 1958, sendo instalado no ano seguinte com o nome de Amorinópolis. O nome foi dado em homenagem a Israel de Amorim. Muitas dessas famílias ainda hoje permanecem naquela região.
Na década de 1980 e 1990, muitas famílias saíram de Orizona rumo ao sudeste do Pará e se estabeleceram em diversas localidades, especialmente nos municípios de Conceição do Araguaia, Redenção, Xinguara, São Geraldo, Piçarra, Marabá, etc. Aproveitaram do baixo custo das terras em foram em busca de sonhos de uma vida melhor.
O certo é que as pessoas estão em pleno movimento migratório. Às vezes vão, às vezes vem. Esse processo nos dias atuais é intensificado pelas carências enfrentadas no dia-a-dia, seja o desemprego, a falta de condições dignas de vida, tragédias naturais, pandemias e guerras. Independente de qual seja o motivo, espera-se que as pessoas sejam bem acolhidas nos novos espaços.

ANSELMO PEREIRA DE LIMA
(E-mail:anselmopereiradelima@gmail.com)

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