Meu irmão (e primeiro parceiro de cantoria), o Zé Ricardo, preocupado com a minha situação, me convidou para fazer algumas viagens com ele, que exercia a profissão de motorista-entregador, em uma grande Empresa atacadista de secos e molhados e fornecia mercadorias para atacadistas menores e varejistas de várias partes do Brasil. Aceitei seu convite. O motorista não tinha ajudante. Viajava sozinho, e, contratava “chapa” nas localidades onde eram feitas as entregas. Essas cargas consistiam em uma variedade imensa, de produtos. Ia desde cartelas de lâminas de barbear, até sacos de farinha de trigo, de 50 kg, rolos de arame farpado, querosene em latas de dezoito litros, grades de cachaça de marcas diversas (24 garrafas), latarias, remédios, pacotes de alpiste, de pimenta do reino, condimentos de todos os tipos, calçados, colchões, ferramentas, enfim tudo o que se fornece ao comércio de secos e molhados, farmácias, cooperativas de agro pecuárias etc. Atendia-se firmas de grande porte e também vendinhas de beira de estrada. O Problema, é que as mercadorias não eram carregadas na ordem em que seriam entregues.