quarta-feira, 14 de março de 2012

Lideranças de Goiás debatem modelo de assistência técnica e desenvolvimento sustentável

A consolidação da Assistência Técnica e Extensão Rural para a diversidade da agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável do campo brasileiro serão os temas a serem debatidos a partir de hoje, 14, no Centro de Treinamento da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). Os debates reúnem 14 regionais da instituição no Estado e compõem o cenário da 1ª Conferência Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural, em Goiânia. 
Ontem à noite ocorreu a solenidade de abertura com a participação de dirigentes, delegados para a etapa estadual e extensionistas da Emater e de seus parceiros nessa iniciativa, que ocorre simultaneamente noutros Estados. O encontro é a etapa preparatória estadual para a 1ª Conferência Nacional de Ater, que acontecerá em Brasília entre os dias 23 e 26 de abril.
Ao abrir o encontro, o presidente da Emater, Luiz Humberto de Oliveira Guimarães, ressaltou a “dedicação dos parceiros”, citando nominalmente Otacílio Alves Teixeira, delegado federal do Desenvolvimento Agrário em Goiás. Em sua fala, reconheceu a importância do extensionista para o desenvolvimento do Estado. Historiou as dificuldades encontradas e sua superação ao longo dos meses. 
“Hoje, a instituição está praticamente formatada, embora tenha nascido do nada”, revelou. E acrescentou: “Construímos a nova agência sem interromper os trabalhos”. Prometeu para o decorrer deste ano a renovação da frota de veículos e dos equipamentos de informática. A agilização dos convênios com as prefeituras foi lembrado pelo dirigente da Agência. “Nós tínhamos 80 convenios, hoje eles se aproximam de 200”, acrescentou. 
O delegado federal do Desenvolvimento Agrário em Goiás, Otacílio Teixeira, considerou necessário “repensar o modelo de assistência técnica e extensão rural para o Brasil”. Numa referência á atual diretoria da Emater, agradeceu o seu apoio. “Se não fosse a Emater, não teríamos realizado estas conferências”, observou, numa referência às 14 conferências regionais ocorridas nas últimas semanas no Estado. A “mudança rápida no campo para tentar remover os índices de desigualdade, foi defendida por Teixeira”. 
Augusta Pereira, da Rede Territorial, resumiu seu pensamento com referência à conferência estadual: ”Chegou o momento de reflexão e de decisão para se saber realmente o que se quer para a agricultura familiar”. Jorge Tadeu Jatobá, superintendente do Incra, enalteceu a “forma democrática da reformulação”. Arnaldo Bonfim, do CREA, foi sucinto ao declarar que “agora é a hora”. Vicente Silva, da Conab, mostrou-se confiante em novos volumes de compra com o fomento da agricultura familiar. Leão Macedo, assessor do deputado Rubens Otoni, acredita em sucesso do evento. Pedro Machado, da Embrapa Arroz e Feijão, entende que as novas propostas tendem a viabilizar especialistas para o processo de sustentabilidade.
O vice-prefeito de Orizona, Antônio Pereira de Almeida, além de oferecer sugestões, deu um show ao violão com repertório da música popular brasileira. Houve até pedidos de bis. “Falta uma lei que crie a educação no campo”, reclamou.
Saulo Reis, representante do deputado Mauro Ruben, reconheceu a “importância da Emater na contribuição social do campo”. Luiz Pimenta, da AEAGO, disse que 15% da pobreza estão no meio rural. Noêmia Ataíde, representante do prefeito Paulo Garcia, ressaltou a contribuição da Prefeitura de Goiânia na aquisição de arroz e leite para a alimentação escolar. Domício Vieira, delegado federal do Ministério da Pesca, lembrou que 2.500 famílias vivem da pesca no Estado. 
Helvécio Magalhães, delegado do Ministério da Agricultura, procurou demonstrar que o programa que está em andamento no País pelo Sistema Ater mostra o “quanto era importante a Embrater”. Uma instituição centralizadora das ações das Emateres. 
O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Antônio Flávio Camilo de Lima, chamou a atenção para os problemas de água e energia nas próximas décadas. A explosão demográfica mundial, hoje com 7 bilhões de pessoas, das quais mais de um bilhão passando fome, é outro desafio. Ante esses problemas, o secretário entende que “o Brasil precisa aumentar a produção em 60% e assim contribuir para o abastecimento global”. Concluiu dizendo que “a Emater desenvolve um trabalho digno ao longo dos anos”.

* Pela Assessoria de Imprensa da Emater-GO. Foto: Nivaldo Ferreira da Silva. Todos os direitos reservados.

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