A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) alerta para a presença da ferrugem asiática em lavouras de soja em Goiás. O fungo já foi registrado em nove municípios no Centro-Sul do Estado. Os focos foram confirmados por várias instituições, entre elas universidades, centros de pesquisa e pela própria Agrodefesa, nos municípios de Piracanjuba, no Sul do Estado; Campo Alegre, Orizona e Cristalina no Sudeste goiano; e em Jataí, Rio Verde, Santa Helena, Paraúna e Montividiu, no Sudoeste. O principal dano provocado pela ferrugem é a desfolha precoce, que impede a completa formação dos grãos, com a consequente redução da produtividade.
O coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Pragas em Soja, engenheiro agrônomo Mário Sérgio de Oliveira, orienta os produtores, principalmente das proximidades onde foi confirmada a ocorrência da doença, que redobrem os cuidados neste momento para evitar prejuízos maiores. Segundo ele, neste ano está sendo registrado um verão mais chuvoso que o normal, o que provoca uma incidência maior da ferrugem da soja, que deve ser mais intensa devido às condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do fungo.
Para obter informações atualizadas sobre a situação de cada região, Mário Sérgio indica como importante fonte de informação para os agricultores e para os próprios fiscais, o site www.consorcioantiferrugem.net, que ajuda na detecção dos focos de ferrugem no Estado, podendo auxiliar no controle da doença. Por outro lado, segundo o coordenador, a maioria das lavouras em Goiás já está no final do ciclo, o que diminui um pouco os danos e, consequentemente, os custos com o combate da doença.
De acordo com informações já coletadas, a colheita da soja deve começar no fim de janeiro ou início de fevereiro. Mesmo assim, o engenheiro agrônomo recomenda que sejam tomadas as medidas fitossanitárias obrigatórias de monitoramento e controle químico, em caso de confirmação da presença do fungo na lavoura.
O fungo da ferrugem asiática da soja causa o surgimento de minúsculas pontuações mais escuras que o tecido sadio da folha. Os primeiros sintomas surgem no terço inferior da planta e se alastram até seu topo. A confirmação da ferrugem é feita pela observação, no verso da folha, de saliências semelhantes a pequenas feridas ou bolhas, que correspondem às estruturas de reprodução do fundo. Passados alguns dias, as folhas infectadas tornam-se amarelas e caem. A disseminação é feita principalmente pelo vento, e sua sobrevivência depende de plantas hospedeiras que podem ser a própria soja, outras culturas ou plantas daninhas.
Mais informações: (62) 3201-8414
* Texto com informações do Portal de Notícias Goiás Agora Via TOSABENDO.COM. Todos os direitos Reservados.
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