sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

UHE Corumbá IV continua operando dentro da Normalidade

A UHE Corumbá IV está operando a 20% da capacidade do reservatório, com uma geração reduzida devido à programação energética otimizada pelo ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. A usina fica localizada em Luziânia e toda a energia gerada é disponibilizada para Brasília, representando cerca de 15% da demanda da CEB - Companhia Energética de Brasília, o equivalente ao abastecimento de 250 mil habitantes. 
Segundo o gerente da usina, o engenheiro eletricista Oswaldo Pons Rodrigues Jr., o fato de não chover não significa que irá faltar energia elétrica, como algumas pessoas supõem, pois a condição de operação da Corumbá IV está dentro da normalidade, seguindo um planejamento anual que considera o cenário de chuva e seca, com base em cálculos diários. Esta programação segue a determinação do ONS, que com uma visão macro do setor planeja e acompanha a geração de energia. “Estamos atendendo à demanda prevista com uma geração média de 45 MW, o que significa 34% da capacidade total da usina, que é de 129,6 MW”.
Segundo a CCSA - Corumbá Concessões S.A., gestora da UHE Corumbá IV, o nível do reservatório está baixo e a expectativa, baseada nas previsões meteorológicas, é a de que o reservatório receba toda a chuva que cair em janeiro, fevereiro e março e atinja o seu nível máximo para a geração de 100% de energia. “No cenário atual, não existe qualquer previsão de racionamento, pois em um cenário momentâneo de escassez de chuvas, o ONS fará o despacho das usinas térmicas existentes, que hoje representam em torno de 20% da capacidade de geração do país”, informa o presidente da CCSA, o engenheiro eletricista Marconi Melquíades de Araújo. 
Fazendo uma análise do quadro nacional, Marconi de Araújo observa que por ter o Brasil uma matriz energética majoritariamente hidráulica, um período de escassez de chuvas tem influência direta na capacidade disponibilizada de geração de energia. O ONS, segundo ele, dispõe de recursos técnicos, como a CAR - Curva de Aversão ao Risco, que sinaliza a hora de acionar as usinas térmicas fora da hora do mérito para, assim, evitar que os reservatórios sejam deplecionados além dos limites de segurança. 
“No momento, estamos com todas as usinas térmicas despachadas e que, por usarem combustível mais caro, influenciam no valor da energia de curto prazo, refletindo no valor das tarifas das distribuidoras, quando do seu reajuste tarifário”, finaliza.
Com a intensificação das chuvas em toda a região nesta semana, a expectativa é que o nível do reservatório comece a subir a partir de agora.

* Texto e imagens por Ana Guaranys/ Assessora de Comunicação da Santafé Idéias e Comunicação. Todos os direitos reservados.

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