sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Prejuízos causados pela escassez de água atingem Produtores Rurais da Região

Os reflexos da ausência de chuvas, que persistiram no último mês, já se fazem sentir junto aos agropecuaristas. Os produtores de leite já acusam o "baque". A pequena margem de lucro a partir de dezembro se "dissolveu por entre as tetas". Os produtores de grãos da região já contabilizam os prejuízos, que mesmo com a intensificação das chuvas a partir de agora, seriam inevitáveis.
“Cerca de 500 mil toneladas de grãos já foram prejudicadas pela ausência de chuvas nas principais regiões produtoras”, observa, corrigindo informações sobre a área supostamente perdida, divulgadas na semana passada. De Orizona, onde possui propriedade rural, o presidente da OCB/GO - Organização das Cooperativas de Goiás e da COAPRO - Cooperativa Mista dos Produtores Rurais de Orizona, Haroldo Max de Souza (foto), disse que os reflexos do baixo regime de chuvas são sentidos pelos produtores.
“Se não houver recuperação de chuvas os agricultores e pecuaristas podem botar as barbas de molho”, manifesta, preocupado com os custos da produção. Segundo o dirigente da OCB-Goiás, em fala ao jornalista Wandell Seixas do Jornal Diário da Manhã, os custos da produção de leite estão altos e a tendência é de agravamento, retirando qualquer vantagem da ligeira reação nos preços do leite in natura a partir de novembro passado. “A situação que já era ruim, pode piorar”, observa ao informar que os índices de produção e produtividade de volumosos, destinados à alimentação do gado na seca prolongada no Estado, estão diminuindo e em consequência encarecendo no mercado.
A Organização das Cooperativas ainda não dispõe de dados mais seguros sobre a dimensão do problema. Mas, pelas informações que chegam à sede da entidade em Goiânia, “a tendência é de agravamento”. Os preços pagos ao produtor permanecem sob pressão, em torno de R$ 0,80 por litro na média nacional. Os custos da produção subiram mais de 20%, conforme estudos do CEPEA/ESALQ - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada/Escola de Agronomia Luiz de Queiroz, vinculados à USP - Universidade de São Paulo, especialmente em razão da disparada dos preços do milho e farelo de soja, usados na razão dos animais.
A Scot Consultoria acredita que as perspectivas de 2013 apontam parar um pequeno aumento no preço do leite ao produtor, de 2,5% a 3%. Haroldo Max, no entanto, está convencido de que a nova alta nos insumos, retira essa pequena margem de lucro do produtor. Em 2012, os custos de produção se elevaram mais de 20%, segundo o CEPEA, agravados pela seca nos Estados Unidos, que provocaram a perda do grosso da colheita de milho e soja.

* Texto com informações do Portal Diário da Manhã. Imagem: Divulgação/OCB/SESCOOP-GO. Todos os direitos reservados.

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