DM - Definitivamente, Henrique Meirelles é um alvo fácil. Fez carreira no mercado internacional, nunca trouxe benefícios palpáveis para o Estado de Goiás – daqueles que rendem voto, como viadutos, pontilhões, quilômetros de asfalto e creches – e, além disso, possui poucos aliados políticos em Goiás dispostos a revidar os ataques que tem recebido. Políticos do PSDB e PMDB, interessados em manter a polaridade Iris-Marconi, têm explorado bem essa fragilidade. O deputado estadual Thiago Peixoto (PMDB) disse que Meirelles está à frente de causas desinteressantes e até prejudiciais ao Estado, como a das altas taxas de juros – principal símbolo da ortodoxia do BC sob o comando do goiano. O deputado federal e presidente do PSDB, Leonardo Vilela, acusou Meirelles de não ter bandeiras.O PT, por sua vez, só quer saber de Rubens Otoni. E o DEM, quem diria, passou a ver com desconfiança o retorno de Meirelles, por entender que, se não se viabilizar na disputa pelo Palácio das Esmeraldas, o presidente do Banco Central pode optar por concorrer a uma das duas vagas ao Senado – o que colocaria em risco a reeleição de Demóstenes Torres (DEM).
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