Com a chegada da estiagem, a região Centro-Oeste é a que mais sofre com as queimadas. No período de seca, entre os meses de maio e setembro, o clima favorece a propagação de incêndios florestais. O ar fica muito seco, o céu com poucas nuvens e a vegetação fica muito ressecada. A falta de cuidado da população com o fogo causa danos sérios ao meio ambiente.
Todos os anos o Corpo de Bombeiros faz campanhas para que a população tenha cuidado com pontas de cigarro, queimadas, dentre outros agentes causadores de incêndios. Porém, o fogo é usado tradicionalmente no Brasil para renovar pastagens e preparar novas áreas para atividades agropecuárias e essas queimadas são autorizadas por órgãos ambientais, desde que haja controle e manejo do fogo. Mas na prática, os produtores não solicitam a autorização para fazer queimadas e é aí que mora o perigo. Nesta época de clima muito seco, com calor intenso e ventos, focos de incêndio se alastram de forma descontrolada e consomem grandes áreas com vegetação nativa, provocando muitos desastres ambientais e até mortes.
Segundo o Major do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Eduardo Luís Gomes, é preciso sempre ter consciência sobre as causas, as consequências e as formas de prevenir os incêndios florestais. Ele acrescenta que alertas e orientações a todas as pessoas, adultas ou crianças, seja na cidade ou no campo, são necessárias por parte de empresas e do poder público. “A preocupação dos bombeiros se dá quando há um foco de incêndio e a corporação não é chamada para conter o fogo, o que pode agravar a situação”, diz. O major ensina que a partir do momento em que o foco de incêndio é identificado, deve-se ligar rapidamente para o nº 193 e aguardar a chegada do socorro.
UHE Corumbá IV
Em função da característica de uma usina hidrelétrica, a Corumbá Concessões S.A. (CCSA), gestora da UHE Corumbá IV, mantém uma equipe preparada para agir em situações emergenciais que eventualmente possam vir a ocorrer na usina. Segundo o gerente da usina, o engenheiro eletricista Oswaldo Rodrigues Pons Júnior, há um Plano de Segurança e Contingências que contém diretrizes para combate a incêndio na usina e no seu entorno e, para isso, a UHE Corumbá IV conta com uma Brigada de Incêndio devidamente treinada e capacitada. Anualmente é realizada uma reciclagem com todos os integrantes da brigada, extensivo aos outros colaboradores, quando podem ser revistos conceitos e realizado um treinamento prático de combate a incêndio.
Além disso, os fiscais de Bacia Hidrográfica e o Departamento de Meio Ambiente da CCSA realizam, anualmente, no entorno do reservatório, um trabalho direcionado às populações do entorno do reservatório no sentido de alertar sobre os perigos e prejuízos causados por incêndios e orientar sobre os cuidados no manejo do fogo. “É preciso lembrar que o grande incêndio sempre começa pequeno e se torna de grande proporção se não for controlado a tempo, trazendo prejuízo para a vida das pessoas, das florestas e dos animais”, finaliza Oswaldo Pons.
Cuidados básicos para prevenir incêndios
- Ao abandonar uma fogueira, apagar o fogo com água ou terra;
- Manter fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças;
- Apagar as “bitucas” de cigarro e jogá-las na lixeira;
- Não atirar cigarros ou fósforos acesos nas margens das rodovias, especialmente de carros em movimento;
- Evite qualquer tipo de queimada. Quando for necessária para fins agrícolas (regulamentadas por lei) avise seus vizinhos e a Polícia Ambiental com dois dias de antecedência;
- Nunca faça queimadas em dias quentes, secos ou com ventos fortes;
- Apague qualquer pequeno foco de incêndio próximo à vegetação e pastagens, mesmo que não pareça perigoso, pois o fogo pode se alastrar.
- Ao encontrar um foco de incêndio, comunique imediatamente aos órgãos competentes, pelos telefones: 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros ou 199 (Defesa Civil).
* Texto por Yasmine Karysia, Assessora de Comunicação da Santafé Idéias e Comunicação. Imagem: João Carreira. Todos os direitos reservados.
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