Momento de Tensão entre Iris e Vereadores

* Alexandre Bittencourt

Os ataques da oposição ao prefeito Iris Rezende (PMDB) continuaram ontem, pelo segundo dia seguido na Câmara Municipal. Outra vez, a base aliada ao Paço, apesar da vantagem numérica, se confundiu na defesa do peemedebista e deixou as críticas à Saúde e ao secretário da pasta, Paulo Rassi, dominarem a pauta da sessão ordinária, realizada pela manhã.

O avanço rápido e sem obstáculos da oposição nas últimas duas sessões se deve principalmente à insatisfação dos governistas com a demora do prefeito em assinar as disposições dos servidores municipais convidados a trabalhar no gabinete dos vereadores, ato que, tradicionalmente, ocorre em janeiro. A aliados, nesta terça e quarta-feira, o prefeito emitiu novos sinais de que não está disposto a alterar o ritmo de assinatura das disposições, e reclamou da “insistência” e “falta de compreensão” de alguns vereadores.

Os governistas, obviamente, não gostaram. Frente à nova saraivada de críticas sem resposta, o líder do PMDB, Daniel Vilela, convocou para o final da manhã de ontem reunião da bancada. Ao ouvir os colegas verbalizarem reclamações, pediu lealdade. “Não sugeri nada demais, apenas que sejam compreensivos com o prefeito, que está ocupado com série de outras questões administrativas complexas. Esta ainda é situação defensável.”O líder do governo na Câmara, Bruno Peixoto, fez mea culpa à acusação de “omissão” que, veladamente, vinha sofrendo por parte de colegas do próprio partido. “E o que nós vamos fazer, se o próprio líder não vem a plenário defender Iris e não convoca ninguém para a tarefa?”, diz um governista.

* Mais dessa matéria, leia na página do Diário da Manhã.