Uma dessas regras foi a exigência que os diretórios de partidos novos apresentassem chapas completas, sob pena de perderem o registro do partido. Os partidos registrados na Justiça Eleitoral foram PT, PDT e PTB, além de PDS e PMDB. Uma diferença naquela eleição é que partidos poderiam apresentar sublegendas para candidaturas de prefeito e vice-prefeito, algo que aconteceu em Orizona com PMDB e PDS, sendo apresentadas mais de uma chapa pelo mesmo partido. Também não se permitiam coligações. A votação era por cédulas de papel. Na época, votos em branco eram considerados como válidos.
A eleição municipal aconteceu em 15 de novembro de 1982, tendo como escrivão eleitoral o Sr. Lázaro Mesquita e foi presidida pelo juiz eleitoral Francisco de Paula dos Santos. A 23ª Zona Eleitoral de Orizona tinha 28 seções ativas, com 6.957 eleitores aptos e 6.123 eleitores votantes. Foi eleito o prefeito Joaquim Pereira de Freitas, o vice-prefeito José Lucas Ribeiro (ambos do PMDB), além de 09 vereadores do PMDB e PDS.
Para prefeito, compareceram 6.123 eleitores, com total de 6.001 votos válidos (5.758 votantes nos partidos + 243 votos brancos) e 122 votos nulos. O PMDB obteve 3.174 votos, o PDS obteve 2.395 votos e o PT, 189. Assim ficou a votação da chapa majoritária:
1) Joaquim Pereira de Freitas (PMDB-2): 1959 votos
2) Délico Machado da Silva (PDS-2): 1.484 votos
3) Alfredo Silveira Mesquita (PMDB-1): 1.215 votos
4) Paschoalino Mota (PDS-1): 911 votos
5) Pedro Jacinto Pereira (PT): 189 votos
Para vereadores, não era permitido sublegendas (mais de uma chapa por partido). Em Orizona. O total de votos para esse cargo foram: 5.614 votantes nos partidos, 277 em branco (5.891 válidos) e 232 nulos. O PDS obteve 2.314 votos, o PT 183 e o PMDB, 3.117 votos. Participaram 32 candidatos no pleito, apenas uma mulher. Os vereadores eleitos, do PDS e PMDB, foram:
1) Lourival dos Anjos Rosa (PMDB): 510 votos;
2) Laurindo Correa de Aquino (PMDB): 442 votos;
3) João dos Santos (PDS): 440 votos;
4) Idalício Leandro Teixeira (PDS): 338 votos;
5) Valdo Antônio Ribeiro (PMDB): 316 votos;
6) Antonio José Tavares (PDS): 285 votos;
7) Antônio José de Sousa (PMDB): 275 votos;
8) Realino Nunes de Paula (PMDB): 270 votos;
9) Rodolfo Mendes da Cunha Júnior (PDS): 267 votos.
Os demais participantes do pleito como candidatos a vereadores ficaram como suplentes:
Suplentes pelo PDS:
1) Odilon Bertoldo da Silva: 249 votos;
2) Sebastião Eduardo: 239 votos;
3) Natércio Mazon: 141 votos;
4) Edson Marra: 138 votos;
5) Hosana Fernandes de Oliveira: 80 votos;
6) Osvaldo Martins Porto: 69 votos:
7) José de Araújo Porto: 67 votos.
Suplentes pelo PMDB:
1) Benedito Pereira Mesquita: 244 votos;
2) Joselo Gomes: 221 votos;
3) Manoel Pinheiro: 191 votos;
4) Salvador José de Oliveira: 156 votos;
5) Sidon Vieira da Cunha: 148 votos;
6) Domingos de Oliveira: 144 votos;
7) Joaquim Nunes Xavier: 133 votos;
8) José Fernandes de Castro: 65 votos.
Suplentes pelo PT:
1) Venerando Antônio de Sousa: 38 votos;
2) Joaquim Caetano: 28 votos;
3) João Vicente Lúcio: 23 votos;
4) Alvina M. Tavares Pinheiro: 23 votos;
5) João Bosco de Lima: 21 votos;
6) Geraldo Pereira Cardoso: 21 votos;
7) José Mamédio da Silva: 15 votos;
8) José Absalão dos Reis: 14 votos.
Estava se consolidando a ali a abertura política no Brasil com eleições diretas e com os anos, veio a Constituição de 1988, as eleições de 1989, as primeiras presidenciais. A partir da década de 1990, estas passaram acontecer regularmente a cada dois anos.
ANSELMO PEREIRA DE LIMA
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