OPINIÃO - O blog Orizona em Foco publica seu conteúdo a partir do ponto de vista de seu editor Anselmo Di Lima. Por isso as informações e opiniões podem divergir da opinião do(a) leitor(a) sobre determinado assunto. Assim, disponibilizamos o espaço do blog para a opinião e direito de resposta de quem o lê.
Neste sentido, publicamos abaixo texto enviado por um dos leitores mais assíduos: Pedro Henrick Vieira Fernandes*. O texto faz referência a publicação intitulada "Entidades Goianas solicitam o afastamento imediato do deputado Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos" datada de 23/03/2013.
"Saudações caro Anselmo de Lima.
Muito me alegro ao poder me informar sobre todos os fatos e acontecimentos em nossa querida Orizona, por meio do blog Orizona em foco, que está sob vossa administração, uma vez que há 4 anos mudei para Catalão para cursar a Universidade.
No entanto, uma matéria muito me intrigou, trata-se da reportagem publicada no dia 23 de março, sobre o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, Deputado Pr. Marco Feliciano (PSC-SP). Onde em um manifesto assinado supostamente por 28 entidades, sendo estas em sua vasta maioria do grupo LGBT ou de religiões afro, dizem se indignar com o cargo para o qual o senhor deputado foi eleito, chamando tal ato de “retrocesso democrático”. Pois bem, o que seria retrocesso democrático? A violação de Princípios Fundamentais garantidos em nossa Constituição Federal não seria um retrocesso democrático?
O que não consigo entender é o porquê da mídia brasileira, em sua maioria, estar a favor da “causa gay”. Sei que para que uma matéria seja bem acessada é necessário chocar, e muitas vezes supervalorizar o fato. Em nosso país se pode criticar tudo e todos, da nossa querida Presidente da República, até o nosso patrão. Nossa Constituição Federal, promulgada em 1988, uma das cartas-magnas mais extensas do mundo, com seus 250 artigos, nos assegura em seu artigo 5º, inciso IV, o direito da manifestação do pensamento, e em seus incisos VI, VIII e IX o de liberdade de crença. Não permitir que um pastor ou um padre pregue sua crença, é violar tais direitos fundamentais.
Falando nisto, em nosso país, pode-se criticar a ambos, seja o padre, ou o pastor evangélico, porém não se pode discordar do comportamento de um homossexual. Sou obrigado a concordar com suas práticas, mesmo que tais práticas sejam abomináveis aos olhos de Deus, afirmo isso à luz da Bíblia, que é a única regra de fé dos cristãos protestantes, classe a qual faço parte.
Primeiro: Digo que a mídia é aliada da “causa gay”, porque qualquer ato a favor deles faz-se todo um alarde, como no caso do Dep. Pr. Marco Feliciano (PSC-SP), que em suas sessões, geralmente tumultuadas por meia-dúzia de ativistas gays, é explorado pela mídia como o acontecimento do dia, enquanto Deputados condenados pelo STF - Supremo Tribunal Federal - no processo do “mensalão”, caso este que foi o maior escândalo da história da política no Brasil, um país culturalmente corrupto, assumem a Comissão mais importante do Congresso Nacional que é a CCJC - Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e ninguém fala nada, Dep. João Paulo Cunha (PT-SP) e Dep. José Genoíno (PT-SP). Por que não há manifestação dos representantes de classes em nosso país para que ambos percam o mandato? Ser corrupto pode? Segundo exemplo, é quando um homossexual é morto, a mídia já coloca isso como homofobia, sendo que 70% das mortes de homossexuais no Brasil, são fruto de crime passional. Ou seja, nada haver colocar isso relacionado com heterossexuais que assassinam os gays, ou que os odeiam. No dia 1º de Abril deste ano, o Tribunal de Justiça de Goiás, publicou em seu site oficial (www.tjgo.jus.br) uma reportagem que me intrigou, trata-se do seguinte caso: João, que tinha relacionamento heterossexual com Olga, mantinha envolvimento amoroso com Thiago. João conheceu Janderson pela internet e após alguns encontros amorosos, mata-o com o auxilio de seu companheiro Thiago em julho de 2009. João e Thiago são condenados em júri popular pelo crime de homicídio qualificado em maio de 2012. O Desembargador que acolheu a apelação da defesa, confirmou a sentença, porém diminuiu a pena de ambos pois alegou exageros na interpretação das circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal. Todavia o que me chamou a atenção foi o título da notícia, que dizia: “Mantida condenação de rapazes acusados de matar homossexual”. Quando se lê um título desses pensa-se logo em “homofobia”, mas ao ler o texto percebe-se que está mais pro lado de crime passional, onde os autores e a vítima eram homossexuais, ou bissexuais, não sei bem o que os diferem. Não sei qual seria o melhor título para esta reportagem, mas creio que ficaria mais equânime “jovens acusados de homicídio tem pena reduzida” ou “Homossexuais que assassinaram companheiro tem condenação confirmada”. Lamentável a que ponto estamos chegando.
Segundo: Vivemos em um país laico, porém é nítida que a maioria esmagadora da população declara-se cristã, observamos claramente em nossa própria constituição federal que em seu preâmbulo os constituintes evocam a proteção de Deus, que a nação é “religiosa”, isto fica latente quando vamos também á algum órgão público e vemos símbolos do catolicismo estampados nas paredes do prédio. Eu, enquanto cristão, não posso negar a minha fé e abandonar meus princípios apenas porque forças exteriores a minha vontade querem me convencer que a Bíblia não tem valor, e que não se deve crer no que está escrito nela. Eu, enquanto cristão, sou leitor da bíblia e sei que a declaração do Dep. Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) em seu twiter foi apenas de cunho teológico, e que dizer que a teólogos e historiadores afirmam que a África descende de Cão (Canaã), filho amaldiçoado por Noé seja racismo, ou ainda quando eu olho para a bíblia e vejo Deus condenar o homossexualismo e eu acreditar nisso, seja homofobia. Ser católico é homofobia?
No Brasil hoje, segundo dados do Instituto de Pesquisa Servindo Pastores e Líderes - SEPAL - temos cerca de 57 milhões de evangélicos, o que dá uma boa parcela da população, ao passo que no Congresso Nacional temos representação, como os Senadores Magno Malta (PR-ES), Walter Pinheiro (PT-BA) e Marcelo Crivela (PRB-RJ), e na Câmara dos Deputados temos o presidente da Frente Parlamentar Evangélica o Deputado Federal pelo nosso estado o Pr. João Campos (PSDB-GO) e ainda Benedita da Silva (PT-BA), Paulo Freire (PR-SP), Antony Garotinho (PR-RJ), Pr. Ronaldo Fonseca (PR-DF), Silas Câmara (PSD-AM), Pr. Takayama (PSC-PR), Lauriete (PSC-ES) dentre vários outros. Quero dizer com isso que o Deputado Federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) me representa, e que tenho orgulho de sua luta contra uma sociedade homossexual. Porque ser homossexual é pecado! Desagrada o coração de Deus. Digo isto baseado na bíblia. Muitas vezes ao tentar expressar que não odiamos os homossexuais, mas apenas discordamos de suas práticas, os comparamos com um traficante, sendo que, amamos o traficante, mas não concordamos com suas ações delituosas, e somos duramente criticados, pois pensam que queremos criminalizar o homossexualismo, sendo assim, eu comparo os homossexuais com os adúlteros no matrimônio, dos deveres do homem/mulher casado(a) elencados no Código Civil estão a coabitação, a assistência mútua e também a fidelidade, Concomitante a isto, o adultério é uma prática duramente condenada pela bíblia, então digo que meus sentimentos para com um gay está tal qual para um infiel em seu casamento, podemos trabalhar juntos, fazer compras juntos, estudar juntos, porém sempre deixarei claro que não compactuo com suas práticas e não as aprovo, não admito uma convivência que seja além do mínimo necessário. Ainda posso escolher com quem quero andar?
Claro que ter um pastor evangélico como presidente de uma comissão que defende os direitos dos homossexuais não é habitual, ter ainda outros evangélicos e católicos como o Dep. Padre Ton (PT-RO) fazendo parte da comissão é de causar revolta nos “ativistas gays”, porém o nobre deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) também faz parte da comissão. O que acho ridículo é todas as audiências desta comissão serem atrapalhadas por um bando de baderneiros sem escrúpulos, que só querem o benefício próprio e tudo isso ainda sendo bancado por dinheiro público. Porque que quando recebemos visitas em nosso país de chefes de Estado declarados “homofóbicos”, como o líder da Síria, do Irã e outros países muçulmanos ou do regime comunista, onde ser gay é crime nenhum ativista gay faz manifestação? O governo não permite? Contra os evangélicos pode?
Qual o motivo dos “ativistas gays” atacarem tanto os pastores evangélicos? É fato que as eleições presidenciais de 2010 só foram para o segundo turno porque os evangélicos em sua grande maioria declararam apoio a candidata Marina Silva que é membro da Igreja Assembleia de Deus no Acre.
Em Orizona, temos o atual prefeito, primeiro da história da cidade a ser reeleito, evangélico, Pr. Felipe Dias é membro da primeira igreja evangélica de Orizona a Assembleia de Deus, presidida hoje pelo Pr. Jair Fernandes, o Vereador mais bem votado na ultima eleição, Pb. Reinaldo Cardoso, também é evangélico, membro da Igreja de Cristo, presidida pelo presidente da APLEO - Associação de Pastores e Líderes Evangélicos de Orizona-GO, Pr. Edilson Nascimento, e o nosso excelentíssimo juiz de direito da comarca de Orizona, também é evangélico, membro da Igreja Nova Vida em Cristo. Em Orizona temos o Dia do Evangélico, temos o Orizona Celebrai.
Pra quem não se lembra, o Pr. Marco Feliciano esteve em Orizona, no dia 21 de Junho de 2012, no povoado de Buritizinho, lotando a quadra com centenas de pessoas, aliás, Orizona foi a única cidade da região que ele esteve presente.
Fica aqui minha repudia à mídia sensacionalista, chamada de quarto poder em nosso Estado Democrático de Direito, que esquece que quem faz apologia à violência não são os pastores televisivos como o Pr. Silas Malafaia (RJ), ou qualquer pessoa que crê na bíblia, mas sim os ativistas gays, que não tem escrúpulos para suas manifestações e são capazes de ridicularizar os “santos” da Igreja Católica, colocando-os seminus e em posições sensuais em cartazes em plena avenida paulista, em uma de suas “paradas”.
Eu me envergonho dos ativistas gays, que só usam o dinheiro que recebem do governo para propagarem aquilo que não presta. Nem vou comparar aqui as obras das Igrejas cristãs (católicas e evangélicas) em benefício da sociedade, porque não é o foco. Mas ressalto, que, qualquer um que fizer oposição á um parlamentar cristão, não está contra um, mas contra milhões!
Esta publicação não é contra o blog Orizona em Foco, mas contra a farra que estamos presenciando, em que criticar opositores ao homossexualismo é moda. Digo NÃO!
NÃO à censura, NÃO ao parlamentar corrupto e NÃO ao ativismo gay.
Graça e Paz".
* Pedro Henrick Vieira Fernandes, 22 anos, casado, natural de Uruaçu-GO, bacharelando em Direito pelo Centro de Ensino Superior de Catalão/GO (CESUC), membro da Igreja Assembleia de Deus - Ministério de Madureira.
De fato existe uma excessiva exploração do tema homossexualidade pela mídia, mas o autor do texto acima confunde os preceitos do Estado e os da religião. Apesar da Constituição citar a palavra "Deus" - o que a meu ver deveria ser excluído de seu conteúdo - ainda somos um país laico. Desse modo, o Estado não pode agir representando o interesse de certos grupos religiosos. Mesmo que 99,999% do povo brasileiro seja cristão, isso não obriga 100% dos pessoas a seguir a bíblia e nem a concordar com o que está escrito nela. O grande problema é que muitos políticos religiosos não entendem isso. Esse é o caso de Feliciano, que personificando os poderes do Estado, age, perigosamente, como um pastor.
ResponderExcluirConcordo contigo, T. Castro. Ao ver nossos legisladores evocarem o nome de Deus em nossa norma maior, por mais que creio trazer bênçãos para o noss Estado, não concordo, pois a exemplo de nosso prefeito, nossos representantes e governantes, devem olhar pra todos. Como disse certa vez meu professor de Direito Constitucional: "Impor a vontade da maioria não é democracia".
ExcluirParabéns pela matéria Pedro. Sim estamos num estado laico, e todos tem o total direito de acreditar ou não na Biblia ou no que mais queiram. Podem até falar mal, ir contra seus principios, pensamentos, opniões, ideologias e tudo mais, além de poderem se manifestar por isso, pois segundo a constituição somos todos livres para se expressar. Agora o grande X da questão é: todos podem se expressar da maneira que quiserem, como quiserem, que não é nenhum crime né? Sim, realmente não deve ser. Mas agora se alguem como eu apenas falo mal dos gays, sem nenhum tipo de ofensa ou violencia, vou contra suas práticas, não aceito seus principios, me expresso contra isso, além de ser taxado como homofóbico, ainda posso pegar de 1 a 5 anos de prisão né? Pois é exatamente isso que diz a PL122 do qual os ativistas tambem defendem. Se somos todos iguais perantes a lei, o porque de tentar criar uma nova casta na sociedade, tentando criar privilégios para os homossexuais de forma inconstitucional, pois segundo a constituição os gays estão também inseridos no que se diz crimes de racismo. Além do que existe uma diferença gritante entre criticar uma determinada conduta e discriminar pessoas, e o que eles não aceitam é criticas. Eles falarem mal da Biblia pode ne? Agora falarmos mal deles, podemos até sermos presos. Um tanto quanto incoerente ne? Faça me o favor né?! Isso sim é ser totalmente hipócritas. Os direitos são pra todos, e não apenas pra uma minoria, que quer ser privilegiada em virtude das demais. Isso é inaceitável.
ResponderExcluirSim Junileno. Vlw. Assim que entrei na faculdade de Direito meu professor, para exemplificar a inconstitucionalidade no tocante ao sermos todos iguais perante a lei (art. 5º, caput/CF), disse que havia um projeto no Congresso Nacional que alterava o art. 121 do Código Penal - homicídio - e que a nova redação colocaria como um agravante matar um juiz ou promotor de justiça. Ou seja, a vida deles valem mais do que as nossas. Claro que este projeto não passou pela CCJC, uma vez que a minha vida vale o mesmo que a sua. Então a PL122 está vindo com esta mesma "brincadeira".
ExcluirAcho engraçado pessoas que tentam defender um ponto de vista usando "a Luz da Bíblia ou aos olhos de Deus"... E ao mesmo tempo falam sobre liberdade de expressão. Eis que nem toda humanidade se fundamenta na "Luz da Bíblia", e ao pensar bem, uma constituição de 88 realmente não deve ser levada tão a sério, os tempos eram outros, as filosofias e os conceitos mudaram, não se pode promulgar leis e ações baseadas em fatos que já não fazem mais sentido, se nunca deixarmos certas tradições para trás não haverá evolução, engano pensar que a PL122 é pra criar direitos para uma minoria, uma vez que a razão real é pra defender uma certa parcela da sociedade de uma outra parcela que ainda tem uma mentalidade medieval... Medieval não né? Porque qualquer um que tenha estudado história antiga saberá que a homossexualidade existe a mais tempo do que a ciência possa datar, estranho são pessoas serem agredidas e não terem os mesmos direitos que outras pessoas simplesmente por terem costumes diferentes... Eis que a primeira religião do mundo, bem aceita, foi a religião Católica e nem por isso vejo católicos matando evangélicos ou budistas ou ateus. Mas a questão é, não se deve ter gente medíocre e que faz péssimo julgamento de negros e homossexuais em cargos de poder, isso significa tornar a casa parlamentar do Brasil um poleiro de pato. A situação já se encontra critica o suficiente, uma vez que a nação brasileira tenha um pedido que se torna um grito para que tal individuo deixe um cargo de frente a uma comissão tal pedido deve ser acatado como uma questão diplomática, afinal eis que o Brasil ainda é considerado um país democrata.
ResponderExcluirCaro Douglas Soah, saudações.
ExcluirBaseio meus argumentos na bíblia, pois sou cristão, e como tal tenho-a como bússola, base e fundamento de minha vida. Meus atos, minha escolhas e minha opiniões são baseadas nela e em fatos.
Pedir liberdade de expressão é um ato de um cidadão que vive em um país democrático de direito.
A humanidade não precisa basear seus atos e opiniões a luz da bíblia, mas eu posso.
Chamar nossa neófita Constituição Federal de "ultrapassada" é uma grande piada. A Constituição de uma nação é composta por fundamentos básicos de uma cultura, são direitos e garantias fundamentais que levam anos para se firmarem, tais como a organização político-administrativa do Estado, organização dos poderes e afins. Nossa Constituição Federal é muito nova. A americana por exemplo é do século XIX.
Falar que devemos nos "livrar de certas tradições" não me parece muito favorável. Quer um exemplo? (Antigamente filho tinha cheiro de pai e mãe, hoje filho tem cheiro de creche! Antes a filha era boa dona de casa como a mãe, hoje ela bebe como o pai). Meu Deus, somente eu que não fiquei feliz com essa "evolução" de nossa sociedade?
Sei quando surgiu o homossexualismo, e a própria bíblia relata vários casos assim como descrito na igreja em Roma no primeiro século (Rm 1:26-28)
Não quero levantar polêmicas sobre religiões, pois religião é apenas um mal desnecessário, porém acho que você esqueceu da era da inquisição, das cruzadas e da guerra dos 30 anos ao citar a história do catolicismo.
Pessoas agredidas? Se for no Brasil, art. 129 do Código Penal, tem efeito para o brasileiro, o estrangeiro, o branco, o negro, o índio, o homem, a mulher, o hétero e para o homossexual.
O grito para que o Deputado em questão deixasse o cargo, não era da nação. Podia ser da mídia, ou da minoria mimada, mas não da nação brasileira.
Graça e Paz