
Os novos valores (alguns veteranos também) souberam tirar proveito disso. Deitaram e rolaram, em cima dos cancioneiros mexicano e paraguaio, principalmente, regravando músicas que foram sucesso, lá e aqui. Compositores nossos, bem intencionados e capacitados, mostraram muito profissionalismo e, respeitando a obra original e seus Autores, fizeram versões maravilhosas, que o nosso público acatou com entusiasmo. Cito apenas alguns exemplos: “Vinte Anos” com Nenete, Dorinho & Nardeli, “La Paloma”. “Índia” e “Meu Primeiro Amor” com Cascatinha & Inhana, “Sete Léguas” com Sulino & Marrueiro, “Pombinha Branca” com Tibaji & Miltinho, “Gritem-me as Pedras do Campo” com Pedro Bento, Zé da Estrada & Celinho etc. Mas quando algum compositor, com pouco conhecimento, encontrava dificuldade em traduzir a letra, do original para o nosso idioma, recorria ao recurso das questionáveis adaptações, muitas vezes deturpando totalmente o sentido do tema original. Com isso, mostrando desrespeito ao(s) autor (es) da obra musical. Outros, mais inescrupulosos, se apropriavam indevidamente da melodia, faziam uma letra que nada tinha a ver com o tema original da canção, gravavam e “lascavam” seus nomes como Autores da mesma. Vou citar um exemplo, apenas para sacramentar a declaração que fiz. Mas, só vou contar o milagre, não vou falar o nome do santo: A música é “MI MAZATLAN”, sucesso com Miguel Aceves Mejia, por toda a América Latina. Se alguém quiser tirar a limpo, é só pesquisar... Intérpretes que tinham condição de dar boa interpretação para esse novo estilo de música, enriqueceram seus respectivos repertórios e atingiram o desejado resultado que era o de ter aceitação perante aqueles que ditam a palavra final, os compradores de discos. E eles corresponderam plenamente às expectativas. Aí, a música sertaneja se tornou realmente conhecida e ouvida em quase todo o BRASIL. E ganharam a parada, aqueles que acreditaram em seu potencial, e foram em frente. Nessa etapa, os responsáveis diretos por essa conquista faziam parte da safra de novos valores e também de gente da velha guarda:
CASCATINHA E INHANA
NENETE E DORINHO
SULINO E MARRUEIRO
PEDRO BENTO, ZÉ DA ESTRADA E CELINHO.
TIÃO CARREIRO E PARDINHO
ZILO E ZALO
SÉRGIO REIS (Importante aquisição para a música sertaneja)
SILVEIRA E BARRINHA
DUDUCA E DALVAN
CAÇULA E MARINHEIRO
PRAIÃO E PRAINHA
LINDOMAR CASTILHO
MILIONÁRIO E JOSÉ RICO
TIBAJI E MILTINHO
CRHISTIAN E RALF
CHITÃOZINHO E XORORÓ
GINO E GENO
BELMONTE E AMARAÍ
LÉO CANHOTO E ROBERTINHO
MATO GROSSO E MATHIAS
JOÃO MINEIRO E MARCIANO
PIÃO CARREIRO E PRAENSE
TRIO PARADA DURA (Creone, Barrerito e Mangabinha)
TEODORO E SAMPAIO
SILVEIRA E SILVEIRINHA
E muitos, muitos outros.
Possuíam estilos diferentes, uns dos outros, mas, tinham algo em comum: A crença inabalável de que estavam construindo algo que ficaria para a posteridade, e ficou.
Contato com Marequinho:
Twitter: http://twitter.com/#!/Marrequinho1
Palco Mp3: http://palcomp3.com/marrequinho/
* Décimo Sexto capítulo do livro "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso", de Francisco Ricardo de Souza. Imagens: Acervo Pessoal. Publicação autorizada pelo autor. Todos os direitos reservados.
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