A colunista do Cheque Mate do jornal O Hoje (que assim como o Diário da Manhã foi cooptado pelos marconistas), Sueny Arantes observa na sua coluna de hoje (06) que "proliferam como coelhos os 'cientistas políticos' em Goiânia. A cada dia surge um comentando o obvio".
Pessoalmente, também gosto nesses dias de dar as minhas atiradas para ver se acerta em alguma verdade. E é assim que pela cultura do povo brasileiro as coisas acontecem. Como em tempos de Copa do Mundo o povo gosta de dar uma de técnico de futebol, também em tempos de fortes articulações políticas vai aparecer um ou outro que queira dar o seu palpite. Tentado não comentar apenas o óbvio, vamos refletir neste texto sobre essa conjuntura, puxando um leque para o que ocorreu em 3 de outubro no município de Orizona, no que se refere aos votos para o governo do Estado.
Para governador, como acontece há 44 anos, o PMDB (antigo MDB e PSD) venceu no município. Foram 4.147 votos (49,59%) para Iris Rezende contra 3.706 votos (44,31%) de Marconi Perillo (PSDB). Vanderlan (PR) obteve 487 votos (5,82%). Os 441 votos de frente neste primeiro turno não foram comemorados pelos peemedebistas, que consideraram a diferença quase uma derrota política local. Se compararmos os 441 votos de frente nesse primeiro turno com os 1.062 votos (4.481 x 3.419) de vantagem de Maguito Vilella sobre Alcides Rodrigues em 2006, vamos perceber que numericamente ouve uma queda, mas que não pode ser analisada apenas no viés das ciências exatas.
Em 2006, o prefeito que estava no poder no município era Dr Itamar, apoiador do governador Alcides. O PMDB era oposição em Orizona e em Goiás. Nesse sentido, naquela época a vitória foi mais valorizada. Porém, temos que levar em conta hoje que Marconi (junto com o próprio Iris) é o político de maior expressão no Estado e isso faz dele um adversário mais difícil de ser batido. Por outro lado, a vitória mais estreita (em tempos de governo local do PMDB) pode ser responsabilizada por um favoritismo antecipado que fez com que o partido do prefeito Felipe tenha se acomodado em berços explêndidos e permitido que a oposição reagisse. Outro ponto é que as lideranças do partido concentraram apoio a seus deputados preferidos e esqueceram da chapa majoritária. Esse comodismo, aliás, já aconteceu antes. Em 2006, Alcides reverteu a desvantagem de 1.062 votos e no segundo turno diminuiu essa diferença em 1000 votos.
Para o segundo turno de 2010, para o bem do partido do ex-prefeito Anteres, será necessário que as lideranças abram mão das vaidades e partam para o diálogo com o PR, PT, PC do B e até para os ex-peemedebistas (e rivais) do PSB, levando em conta que todos os votos terão que ser conquistados novamente. Mesmo que Serra tenha vencido no município, o partido não poderá desvincular Iris de Dilma, até porque os 643 votos de Marina representam aproximadamente 6% do eleitorado local. Ou os peemedebistas concentrem forças ou do contrário, os marconistas poderão dar aos iristas uma derrota inédita. Isso porque hoje as lideranças do PP (que apoiaram Marconi desde o princípio), PSDB e DEM parecem estar um pouco mais motivadas e articuladas para uma disputa mais intensa.
A nível estadual, Vanderlan Cardoso e seus principais apoiadores, mesmo com trocas de carinhos com Iris e farpas com Marconi, ainda não definiram de que lado ficar. Mas parece que o posicionamento será mesmo de deixar os partidários do PP, PR, PDT, PSB e demais aliados à vontade. Com isso, cada um deverá ir para uma direção. Mabel vai para onde Lula mandar; Balestra e mais uma grande quantidade de prefeitos e partidários vai com Marconi; Barbosa Neto vai para o lado mais adocicado como sempre foi a sua prática; o governador Alcides deverá ficar teoricamente neutro, nem com Iris, nem com Marconi. Com isso, o favorecido no 2º turno será mesmo o tucano, que já somou confortáveis 46,33 pontos em 3 de outubro, uma vantagem de cerca de 300 mil votos para o peemedebista. Dessa forma, os votos de Vanderlan e até alguns de Marconi terão que ser conquistados em um estratégia mais arrojada e em um trabalho mais intenso das cabeças pensantes (ou não tão pensantes) da base de apoio a Iris.
E o óbvio: como em todas as outras vezes, dificilmente (ou nunca) o segundo colocado vence no final da disputa (leia a opinião de Altair Tavares sobre essas conjuntura). Pior para a base de apoio ao presidente Lula em Goiás. Mas quem viver até dia 31 de outubro verá o desfecho dessa novela em 28 capítulos que poderá ter muitas surpresas, principalmente se Lula entrar em cena como melhor amigo do protagonista.
Pessoalmente, também gosto nesses dias de dar as minhas atiradas para ver se acerta em alguma verdade. E é assim que pela cultura do povo brasileiro as coisas acontecem. Como em tempos de Copa do Mundo o povo gosta de dar uma de técnico de futebol, também em tempos de fortes articulações políticas vai aparecer um ou outro que queira dar o seu palpite. Tentado não comentar apenas o óbvio, vamos refletir neste texto sobre essa conjuntura, puxando um leque para o que ocorreu em 3 de outubro no município de Orizona, no que se refere aos votos para o governo do Estado.
Para governador, como acontece há 44 anos, o PMDB (antigo MDB e PSD) venceu no município. Foram 4.147 votos (49,59%) para Iris Rezende contra 3.706 votos (44,31%) de Marconi Perillo (PSDB). Vanderlan (PR) obteve 487 votos (5,82%). Os 441 votos de frente neste primeiro turno não foram comemorados pelos peemedebistas, que consideraram a diferença quase uma derrota política local. Se compararmos os 441 votos de frente nesse primeiro turno com os 1.062 votos (4.481 x 3.419) de vantagem de Maguito Vilella sobre Alcides Rodrigues em 2006, vamos perceber que numericamente ouve uma queda, mas que não pode ser analisada apenas no viés das ciências exatas.
Em 2006, o prefeito que estava no poder no município era Dr Itamar, apoiador do governador Alcides. O PMDB era oposição em Orizona e em Goiás. Nesse sentido, naquela época a vitória foi mais valorizada. Porém, temos que levar em conta hoje que Marconi (junto com o próprio Iris) é o político de maior expressão no Estado e isso faz dele um adversário mais difícil de ser batido. Por outro lado, a vitória mais estreita (em tempos de governo local do PMDB) pode ser responsabilizada por um favoritismo antecipado que fez com que o partido do prefeito Felipe tenha se acomodado em berços explêndidos e permitido que a oposição reagisse. Outro ponto é que as lideranças do partido concentraram apoio a seus deputados preferidos e esqueceram da chapa majoritária. Esse comodismo, aliás, já aconteceu antes. Em 2006, Alcides reverteu a desvantagem de 1.062 votos e no segundo turno diminuiu essa diferença em 1000 votos.
Para o segundo turno de 2010, para o bem do partido do ex-prefeito Anteres, será necessário que as lideranças abram mão das vaidades e partam para o diálogo com o PR, PT, PC do B e até para os ex-peemedebistas (e rivais) do PSB, levando em conta que todos os votos terão que ser conquistados novamente. Mesmo que Serra tenha vencido no município, o partido não poderá desvincular Iris de Dilma, até porque os 643 votos de Marina representam aproximadamente 6% do eleitorado local. Ou os peemedebistas concentrem forças ou do contrário, os marconistas poderão dar aos iristas uma derrota inédita. Isso porque hoje as lideranças do PP (que apoiaram Marconi desde o princípio), PSDB e DEM parecem estar um pouco mais motivadas e articuladas para uma disputa mais intensa.
A nível estadual, Vanderlan Cardoso e seus principais apoiadores, mesmo com trocas de carinhos com Iris e farpas com Marconi, ainda não definiram de que lado ficar. Mas parece que o posicionamento será mesmo de deixar os partidários do PP, PR, PDT, PSB e demais aliados à vontade. Com isso, cada um deverá ir para uma direção. Mabel vai para onde Lula mandar; Balestra e mais uma grande quantidade de prefeitos e partidários vai com Marconi; Barbosa Neto vai para o lado mais adocicado como sempre foi a sua prática; o governador Alcides deverá ficar teoricamente neutro, nem com Iris, nem com Marconi. Com isso, o favorecido no 2º turno será mesmo o tucano, que já somou confortáveis 46,33 pontos em 3 de outubro, uma vantagem de cerca de 300 mil votos para o peemedebista. Dessa forma, os votos de Vanderlan e até alguns de Marconi terão que ser conquistados em um estratégia mais arrojada e em um trabalho mais intenso das cabeças pensantes (ou não tão pensantes) da base de apoio a Iris.
E o óbvio: como em todas as outras vezes, dificilmente (ou nunca) o segundo colocado vence no final da disputa (leia a opinião de Altair Tavares sobre essas conjuntura). Pior para a base de apoio ao presidente Lula em Goiás. Mas quem viver até dia 31 de outubro verá o desfecho dessa novela em 28 capítulos que poderá ter muitas surpresas, principalmente se Lula entrar em cena como melhor amigo do protagonista.
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