OPINIÃO - A partir de 1970 a música sertaneja, verdadeiramente deslanchou e começou a percorrer uma estrada mais larga, que seguia rumo ao cenário nacional. Na minha modesta opinião, os principais nomes que alavancaram essa nova fase e atingiram uma expressiva expansão de mercado, foram: “Christian & Ralf”, “Chitãozinho & Xororó”, “Milionário & José Rico”, “Sérgio Reis”, “João Mineiro & Marciano”, “Léo Canhoto & Robertinho”, “Mato Grosso e Mathias”, “Trio Parada Dura” e “Chico Rey & Paraná”. Mas, ainda haviam barreiras a serem vencidas, obstáculos a serem transpostos e tabus a serem quebrados para que a conquista fosse totalmente alcançada.
Então, Goiás, mais uma vez, mostrou seu potencial artístico sertanejo, e, presenteou o Brasil com as duplas: Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano. Aí, juntou a fome com a vontade de comer. Aconteceu a chamada "explosão da música sertaneja”.
A juventude brasileira se identificou imediatamente com a "nova" música sertaneja, e, com seus intérpretes. Porque, eram jovens cantando para jovens. Era o que faltava, para se completar o círculo de apreciadores da genuína música brasileira, a música sertaneja.
Um pouco mais tarde, surgiu a dupla: Bruno & Marrone (goianos, claro), fortalecendo ainda mais, as amarras de ligação entre o novo segmento da música sertaneja, com o público de todo o território nacional. O prestígio de alguns de seus intérpretes atravessou fronteiras, abriu as portas da América Latina, parte da América do Norte, da Europa e até mesmo da Ásia. Foi a confirmação de que, finalmente, a arte despretensiosa, nascida da simplicidade do sertanejo brasileiro, havia sido detectada pela sensibilidade de gente de todas as partes e de todas as camadas sociais.
E, mais reforços foram chegando. Novos valores aparecendo e também algumas duplas da velha guarda, depois de algum tempo no ostracismo ressurgindo, com força total.
Dos novos valores, eu citaria:
“Mattão & Monteiro”, “Felipe e Falcão”, “João Paulo e Daniel”, “Gian e Geovane”, “Rick e Renner” e “Rio Negro e Solimões”. Da velha guarda: “Teodoro & Sampaio”, “Gino & Geno”, “Gilberto & Gilmar”, “Sérgio Reis”, “Christian & Ralf”, “César & Paulinho”, “Milionário & José Rico” e “Di Paullo & Paulino”.
Não pretendo polemizar nada, nem contradizer ninguém. Só estou registrando o que vi e o que sei. Porque eu estava lá, como espectador, o tempo todo.
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* Trigésimo Sexto capítulo do livro "Marrequinho - O Menino de Campo Formoso", de Francisco Ricardo de Souza. Imagens: Acervo Pessoal. Publicação autorizada pelo autor. Todos os direitos reservados.
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