Na semana em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Goiás, a deputada Bia de Lima (PT), promoveu nesta terça-feira pela manhã (07/03), no auditório 2 do Palácio Maguito Vilela, o debate sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres com o objetivo de promover discussões que possam culminar em políticas públicas relacionadas a essa temática.
Participaram desse evento, a secretária de Gestão Nacional da Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), vinculada ao Ministério da Igualdade Racial, Iêda Leal; a coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa da Promoção dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública Estadual, Tatiana Bronzato Nogueira; a delegada estadual de Combate à Violência Contra a Mulher, Ana Elisa Gomes; a psicóloga da Gerência de Violências e Acidentes da Secretaria Municipal da Saúde de Goiânia, Cida Alves; a jornalista, escritora e autora do livro "Roda de Saia", Nonô Noleto e a escritora e autora do livro "Maria da Penha nas escolas", Manoela Barbosa, de família orizonense e que nos últimos anos está desenvolvendo importantes ações no município de Orizona, especialmente nas áreas de cultura, educação e debate de gênero e da violência contra a mulher.
“Nesta manhã celebro aqui, juntamente com vocês, a minha vitória. Aprendi a disputar espaço com os homens no campo sindical, onde brigamos muito e trabalhamos representando os profissionais da educação. Durante esses anos compreendi que, para ampliar as possibilidades, precisava caminhar para a política na tentativa de ampliar ainda mais os espaços de discussões, por isso, nossa tarefa aqui é grandiosa”, afirmou a deputada Bia de Lima.
Ao fazer uso da palavra, a representante do Ministério da Igualdade Racial, Iêda Leal, destacou o compromisso do Governo Federal no combate à violência contra a mulher e salientou que também precisamos ter esse mesmo compromisso no âmbito estadual. De acordo com ela, “o que as mulheres mais precisam para fazer cessar esse ciclo são medidas que impeçam a violência de avançar, e ainda, leis para punir exemplarmente os agressores, pois não pode haver retrocesso”.
“Não é possível que a gente passe a naturalizar a violência contra a mulher no Brasil, pois os números retratam que estamos vivendo uma verdadeira guerra e os traumas são equivalentes. Esta é uma questão urgente e precisa ser solucionada. O enfrentamento precisa de fato acontecer”, reconheceu a psicóloga Cida Alves.
As escritoras convidadas para o evento: Nonô Noleto e Manoela Barbosa comentaram suas obras e as vivências que influenciaram suas escritas. Noleto destacou que seu livro é composto de 11 histórias, onde cada uma retrata a vida de uma mulher. Já na obra de Barbosa, as histórias em quadrinhos representam a realidade de maneira mais lúdica, permitindo que a temática seja trabalhada ainda na infância e, por isso mesmo, a autora entende que tudo nasceu de uma demanda social.
MARIA DA PENHA NAS ESCOLAS 1:
O livro ‘Maria da Penha nas Escolas’ foi lançado na manhã desta terça-feira , 07, durante debate “Diga não à violência contra Mulheres e Crianças”, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). O evento é promovido pela deputada estadual Bia de Lima em parceria com a deputada federal Adriana Accorsi (PT).
Esse é um projeto de Manoela Barbosa com co-roteiro e ilustrações com Lara Damiane. Ele conta a história de Maria da Penha, a farmacêutica brasileira que foi vítima de violência doméstica. A personagem se tornou símbolo da luta em combate à violência contra a mulher e deu nome à sanção da Lei Federal no 11.340/2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha. A história é adaptada pedagogicamente para crianças de 07 a 12 anos de idade. É disponibilizado um manual para os professores e uma versão em braile para crianças com deficiência visual.
Para Manoela Barbosa, idealizadora da obra, “ter em mãos um material didático a ser trabalhado dentro das escolas abre caminhos para uma discussão extremamente importante no meio familiar”. Ela ressalta ainda que “o objetivo é constituir parcerias para que toda a rede estadual de ensino tenha acesso ao material”, fala em matéria do jornal Diário da Manhã.
MARIA DA PENHA NAS ESCOLAS 2:
Em entrevista ainda no ano de 2022 para o programa 'Nacional Jovem', da rádio Nacional/ EBC, Manoela Barbosa, doutoranda em ciências ambientais, historiadora e autora do livro infantil Maria da Penha nas Escolas falou que a obra, no formato de quadrinhos, "traz a Maria da Penha contando a sua própria história de vida".
Maria da Penha foi vítima de violência doméstica e lutou para que o agressor fosse punido. A militância dela cominou na aprovação da lei que leva seu nome, em 2006, tornando-a um símbolo da luta das mulheres.
"Ela conta para gente sobre a formação dela. sobre o local onde ela morava, sobre o histórico dela e da família dela até os fatídicos episódios que acabaram acontecendo na vida dela, e de toda luta que foi travada", descreve a autora. No livro, conta, "Maria conta a história dela como se estivesse participando de uma roda de conversa com alunos".
MARIA DA PENHA NAS ESCOLAS 3:
Após o lançamento na Alego, o livro também deve percorrer outras locais da capital e seis cidades de Goiás. A primeira edição tinha sido lançada em escolas de Orizona. Confira a agenda abaixo:
08/03 – Goiânia: Centro Cultural Gustav Ritter e IPOG.
13/03 – Goianésia: Colégio Tecnológico do Estado de Goiás (Cotec) e Escola Estadual Pedro Mendonça.
14/03- Câmara Municipal de Uruaçu.
17/03 – Anápolis.
20/03 – Goiânia: Escola Estadual João José Coutinho.
21/03 – Goiânia: Escola Estadual Domingos Batista de Abreu.
22/03 – Goiânia: Escola Estadual Edmundo Rocha.
23/03 – Aparecida de Goiânia: Colégio Estadual Severina Maria de Jesus / Senador Canedo: Escola Municipal Senador Canedo.
24/03 – Cidade de Goiás.
EXPOSIÇÃO "ELAS EM ARTE:
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) recebe, a partir dessa terça-feira, 7, a exposição “Elas em Arte”, em comemoração ao mês da mulher. A mostra será aberta às 17 horas, no saguão principal do Palácio Maguito Vilela, e reunirá trabalhos de 45 mulheres integrantes da Associação Goiana de Artes Visuais (Agav), com temas diversos e atuais.
O evento de abertura contará com apresentação da cantora Thainá Janaína. Foram convidados para a solenidade o presidente da Agav, Pedro Galvão; o presidente do Parlamento, deputado Bruno Peixoto (UB), e as deputadas Rosângela Rezende (Agir), Vivian Naves (Progressistas), Dra. Zeli (Solidariedade) e Bia de Lima (PT).
A exposição é realizada no Parlamento goiano por meio da Diretoria de Cultura, Esporte e Lazer e a seção de Atividades Culturais. A visitação das obras é aberta ao público e estará disponível até o dia 31 de março.
O Governo de Goiás promove a primeira edição do evento "Mulheres Que Inspiram", nesta quarta-feira (08/03), a partir das 19h, no Palácio da Música do Centro Cultural Oscar Niemeyer. Toda a programação é gratuita e conta com palestras e atrações musicais. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, as Secretarias de Estado da Retomada e da Cultura incentivam o debate sobre empreendedorismo feminino.
O painel de palestras recebe a co-fundadora do Grupo Ilimitz, Aline Bringel, a diretora da Body For Sure, Marisa Carneiro, e a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes. Elas vão falar sobre a importância do empreendedorismo e da qualificação profissional como fator de mudança na vida das goianas.
Nos intervalos de cada apresentação serão apresentados depoimentos de alunas que se formaram em cursos de capacitação e qualificação do Colégio Tecnológico (Cotec), pelo Goiás Social, e tiveram suas vidas transformadas pela ação do Governo de Goiás. O encerramento do evento será com um show musical com as cantoras Maria Eugênia, Nila Branco e Cláudia Vieira.
IGUALDADE EM BANCAS EXAMINADORAS:
Quatro mulheres (magistradas) e três homens (dois desembargadores e um representante da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás) compõem a banca examinadora para o concurso público de ingresso na magistratura do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). A novidade, decorrente do 57º Concurso para Juiz Substituto do Estado de Goiás, é um estímulo para a participação institucional feminina no âmbito da Justiça goiana e está alinhada à implementação de ações dos Comitês de Equidade e Diversidade de Gênero e de Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário de Goiás. Segue ainda diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que visam promover a igualdade de gênero em bancas examinadoras dos concursos e nas comissões organizadoras para ingresso na carreira da magistratura.
A comissão do certame é composta pelo desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga (presidente); pelo desembargador Marcus da Costa Ferreira; pelo mestre e representante da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), Marcos César Gonçalves de Oliveira, e pelas juízas (foto acima) Nunziata Stefania Valenza Paiva (mestre), Marianna de Queiroz Gomes (doutora), Aline Vieira Tomás (mestre) e Geovana Mendes Baía Moisés (doutora).
Para a juíza Marianna de Queiroz Gomes, que além de integrar a comissão do concurso, também está à frente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), o fato da banca ter uma composição majoritária de mulheres representa um avanço sem precedentes e coloca o TJGO como um referencial para outros tribunais.
“Uma das formas de concretização do ideal de equidade de gênero é a implantação de ações afirmativas e políticas institucionais que tenham como finalidade a ampliação da participação feminina na sociedade. O número maior de mulheres que integram a banca examinadora deste concurso é histórico, resultado de uma abrangente e necessária mudança social no Poder Judiciário. Desta forma, somos novamente um exemplo positivo para os Tribunais brasileiros”, elogiou, ao acentuar que a escolha das componentes mulheres para composição da banca teve como base também a titulação.
Texto com informações da Alego, CNJ, EBC/Agência Brasil, Diário da Manhã e Governo de Goiás; Fotos da Assessoria da Assembleia Legislativa, TJ-GO e Acervo de Manoela Barbosa.
0 comentários:
Postar um comentário
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, não serão publicado comentários que firam a lei e a ética.
Por ser muito antigo o quadro de comentário do blog, ele ainda apresenta a opção comentar anônimo, mas, com a mudança na legislação
....... NÃO SERÁ PUBLICADO COMENTÁRIO ANÔNIMO....