POLÍCIA - Desde a década de 1980, as carvoarias se instalaram com mais intensidade e a atividade de extração de madeira para produção de carvão ocupou boa parte das áreas de cerrado do município de Orizona e de todo o Estado de Goiás, tendo aberto caminho para a produção de cultivos anuais, que atualmente tem grande impacto na economia local e regional. Reduzida a atividade da produção de carvão para as siderúrgicas, atualmente as carvoarias, em menor número e volume, tem outras finalidades, predominando a produção de carvão para atender a demanda de produção de carvão para churrasco.
Desde os tempos mais remotos dessas atividades, foi comum o convívio intenso de trabalhadores e trabalhadoras, muitos vindos de outros Estados, em busca de sobrevivência e dispostos a enfrentar o perigo de uma atividade de bastante risco, dado o modo que ocorre, lidando com o fogo e com o vácio necessário dentro dos fornos, além das situações de conflito. Por isso, não deixa de ser comum, notícias de acidentes e mesmo tragédias nesses espaços.
Com amplo espaço na mídia, foi o que ocorreu neste final de semana na área rural do município. No dia 29 de maio, último domingo, o Batalhão Rural da Polícia Militar foi acionado por conta de um incêndio em uma carvoaria próximo ao povoado de Buritizinho, no município de Orizona. No local os policiais depararam com o corpo carbonizado da Sra. Ilda Rodrigues da Silva, 40 anos, natural do distrito de Domiciano Ribeiro, município de Ipameri/GO. Segundo relato do esposo da vítima, que trabalha na carvoeira, a mesma chegou na carvoeira por volta das 10 horas da manhã com o intuito de auxiliá-lo na retirada do carvão, porém a mesma havia ingerido bebida alcoólica sendo avisada do perigo.
Ainda segundo relatos do esposo, enquanto o mesmo buscava água no córrego há aproximadamente 100 metros do local, a mesma possivelmente abriu o forno, momento em que ocorreu o incêndio. Ao buscar pela esposa, a encontrou dentro do forno já caída, momento em que tentou retirá-la do local, conseguindo arrastá-la somente até a entrada do forno devido ao calor e a fumaça, sendo que o corpo estava tomado pelo fogo.
O corpo carbonizado ficou no local sendo o perímetro isolado pelos policiais do Batalhão Rural até a chegada da Polícia Técnico Científica e o Instituto Médico Legal.
Diante da situação, o esposo da vítima, Sr. Carlos Roberto da Conceição da Silva, 36 anos, natural de Caxias-MA, entrou em grave estado de choque sofrendo repetidas convulsões, momento em que a equipe de policiais do Batalhão Rural realizou os primeiros socorros e, devido à distância para atendimento médico urgente, transportaram-no para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade de Orizona.
Sobre esse episódio, o inquérito Policial Militar será encaminhado e adicionado aos autos do processo.
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