Bombardeado por denúncias veiculadas na imprensa nacional (leia aqui), o senador Marconi Perillo (PSDB), candidato ao Governo de Goiás, fez carreata neste sábado (10) pela região Estrada de Ferro, passando pelos municípios de Senador Canedo, Bonfinópolis, Leopoldo de Bulhões, Silvânia, Vianópolis, Orizona e São Miguel do Passa Quatro.
A abertura do ato foi na Vila Pedroso (Goiânia). Em Senador Canedo alguns correligionários mais afoitos e desbaseados faziam cálculos de um número jamais visto de veículos em uma carreata e calculavam 2 mil, 100 mil carros, divulgando essas informações no Twitter (leia a repercussão aqui), dizendo que a carreata poderia ser vista até do espaço, algo patético.
Mas parece que no caminho os participantes da carreata foram desistindo. Passaram a dizer que eram mil e poucos carros, quinhentos e quando chegou a Orizona não havia mais que uma centena e meia de veículos. Pelos municípios que passou, a estadia do candidato não foi maior que de meia hora. Ao chegar a Orizona, Marconi viu um pequeno grupo de apoiadores o aguardando. Já que não podia contar com a força do moribundo PSDB local (que não consegue se entender e aglutinar a base), coube ao DEM e ao PP orizonense (que parece não ter aderido à decisão estadual do partido de apoiar Vanderlan) fazer as honras da casa. O pequeno grupo acolheu Marconi desde o trevo principal da cidade, circulando rapidamente pelo centro da cidade e seguindo para São Miguel do Passa Quatro.
O senador parecia abatido, não sei se pela receptividade ou pelos grandes problemas que vem enfrentando nos bastidores. Ontem foi veiculada matéria na Folha de São Paulo sobre um suposto esquema em que Marconi participou quando era governador de Goiás e teria recebido cerca de 2 milhões de reais em propina de frigoríficos. A matéria teve repercussão e foi pautada em diversos veículos de circulação nacional. Porém, como sempre acontece, controlados pelos interesses do senador, os principais veículos de comunicação goianos, como Diário da Manhã e O Popular, sequer se manifestaram. Pelo contrário, publicaram matéria enaltecendo o trabalhos dos senadores Marconi, Demóstenes e Lúcia Vânia nesse mandato. Para responder à Folha o senador publicou nota contraditória em seu blog (leia aqui), fazendo com que o jornal paulista publicasse uma nova matéria sobre o caso na edição de hoje (leia).
Os tempos são outros. Marconi, de uma liderança política de força quase insuperável, que tinha poder sobre todos e tudo, pode chegar no final de três meses de campanha até como a terceira opção para o governo de Goiás. O fato é que mentira tem perna curta e a história não perdoa.
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