Crise faz prefeituras da Estrada de Ferro reduzir Expediente

PMO/Blog do Célio

O prefeito de Bonfinópolis, José Paulino (PSB), publicou semana passada decreto instituindo o meio expediente na prefeitura daquele município, exceto para saúde e educação. Os prefeitos goianos estão preocupados com a queda nos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Em Leopoldo de Bulhões, o prefeito Raimundo Nonato (PSDB), que também é presidente da Associação dos Município do Alto Meia Ponte e Adjacências (AMANPA) reduziu pela metade a jornada de trabalho. A segunda parcela de março do Fundo teve queda de 14,4%.

Dados da Confederação Nacional dos Municípios apontam que a média nacional das quedas no FPM chega a 19%. Segundo matéria assinada pela jornalista Edilaine Pazini, publicada no Diário da Manhã do dia 15 de março, em Goiás existe um grupo de prefeitos propondo fechar as prefeituras por 15 dias, como forma de protesto.

O presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), Abelardo Vaz, apoia o protesto destes municípios. Já o prefeito de Orizona, Felipe Dias (PMDB), tem a convicção que não se deve comprometer os serviços prestados à comunidade, mesmo com as dificuldades enfrentadas. "Quando a situação está difícil, devemos é trabalhar mais", acrescenta Felipe. A estratégia é adequar o orçamento e conter gastos para enquadrar dentro desse grave demonstrativo. Para se ter uma idéia do impacto da crise sobre Orizona, a arrecadação global do Município caiu 13,7% nesse início de 2.009 com relação ao mesmo período de 2.008. Já os gastos subiram só com folha de pagamento, 37,14%, aumento ocasionado entre outras coisas, por dois reajustes no salário mínimo nesse período e pela adequação ao piso salarial da educação. A segunda parcela do FPM de março, que em 2008 foi de 110 mil reais caiu para apenas 28 mil nesse ano.

Mais informações no blog do jornalista Célio Silva.