No momento atual, não faz sentido para os governos e autoridades policiais e da justiça, agirem contra o garimpo em regiões específicas, como tem sido no território Yanomami, e não o fazer em outras regiões do país, onde o problema aparece em menor escala.
Não é de hoje que o Estado de Goiás vem chamando a atenção de garimpeiros ilegais, que têm migrado de estados nordestinos, assim como do Pará e Tocantins, em busca de ouro. Segundo o comandante do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, tenente-coronel Geraldo Pascoal, apenas em 2022, a corporação destruiu 14 embarcações usadas para extrair o metal dos rios, além de prender 27 pessoas. a região que abrange o rio Corumbá, entre Orizona e Pires do Rio, é uma em que a ação tem sido mais recorrente, principalmente nos últimos três anos. Basta a Polícia Militar ou Polícia Federal agir, apreendendo garimpeiros e destruindo balsas, barcos e equipamentos, para que em alguns meses, tudo volte ao que era antes e os exploradores ilegais retornem.
“É muito fácil garimpar, pois o local é propício, eles ficam no meio do mato. Quando os garimpeiros veem a gente chegar, geralmente, eles fogem pelo rio nadando. É surpreendente os locais em que eles colocam máquinas, temos que destruir porque não dá para remover”, explicou Pascoal ao Diário do Estado de Goiás.
O militar explica ainda que a ação de garimpeiros ilegais é prejudicial à natureza e à segurança pública. Isso porque, com a movimentação de ouro, a violência em cidades pacatas aumenta, assim como a prostituição e o tráfico de drogas. Crimes como estupro e homicídio também acontecem com mais frequência, de acordo com Pascoal.
“O uso do mercúrio, que é o produto que eles usam para separar o ouro, prejudicada o meio ambiente. O produtor é extremamente tóxico e acaba contaminando a água e os peixes”, explica.
Pascoal afirma que o combate ao garimpo ilegal é árdua, visto que os barcos ficam em locais de difícil acesso até mesmo para canoas. Os criminosos, inclusive, também usam o ambiente para fugir da polícia quando são denunciados, movendo a bolsa rio acima ou rio abaixo.
Para localizar os pontos de extração de minérios, a corporação conta com a ajuda de denúncias e fiscalização. Em determinados pontos, os militares precisam andar 20 km dentro dos rios para chegar ao destino.
“Os garimpeiros ameaçam fazendeiros para invadir a terra deles. Geralmente as pessoas que trabalham nas balsas são presas, mas os donos não. Eles são encaminhados à Polícia Federal, visto que é um crime de responsabilidade da União”, concluiu.
Mais informações no Diário do Estado de Goiás.
Foto: Divulgação/ Polícia Militar.
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