Partido dos Trabalhadores de Orizona realiza Encontro Municipal de Formação Política

DA REDAÇÃO - Foi realizado no sábado, dia 29 de fevereiro, Encontro Municipal de Formação Política, promovido pelo diretório do Partido dos Trabalhadores de Orizona. O evento aconteceu no plenário da Câmara Municipal de Orizona e teve a presença e assessoria do jurista Ceser Donizete, vice-presidente estadual da sigla, que esteve representando do mandato do deputado federal Rubens Otoni, juntamente com a Sra. Marleide, do Diretório Municipal de Anápolis.

O encontro teve o propósito de discutir a respeito da atual conjuntura política, visando as eleições municipais de 04 de outubro. Também fez memória dos 40 anos da fundação do Partido dos Trabalhadores. O mesmo foi aberto com um momento de oração e reflexão, conduzido pelo Sr. Balduíno Oliveira. Antonio Baiano mediou a mesa de debates e coordenou as atividades.

O senhor Jovando Vieira Machado, agricultor e liderança comunitária da região da Firmeza, hoje com 89 anos de idade, disse que o Partido dos Trabalhadores de Orizona surgiu a partir de conversas dele e do senhor Pedro Jacinto Pereira com lideranças estaduais. Jovando registrou a ausência de Pedro Jacinto, que não estava presente por conta de problemas de saúde, que assim foi calorosamente ovacionado.

No início dos anos de 1980, era necessário fundar o partido em todos os municípios e coube aos dois dar o pontapé inicial em Orizona. "Não fomos nós dois os fundadores. Fomos os colaboradores e até hoje, eu e ele somos colaboradores. O trajeto do partido não foi tão fácil. Precisávamos encontrar comunidades onde tivessem famílias que dessem apoio pra fazer os nossos encontros. Não tinha como caminhar sem ir encontrando, dialogando, falando. E assim vem vindo: anos e anos, mas achamos portas abertas. O partido não parou".

Senhor Jovando disse que quando obteve o título de eleitor, votava onde o pai dele votava. Depois que conheceu o PT, passou a ter consciência própria e decidir o que era melhor. O agricultor disse também que o partido não governa mais o Brasil por falta de consciência das pessoas.

De acordo com Céser, o impeachment contra Dilma Rousseff e o povo brasileiro, em 2016, aconteceu com a promessa da direita que as coisas ficariam bem melhores. Contudo, o que veio depois, como a PEC do Teto dos Gastos, a Reforma Trabalhista e agora, a Reforma da Previdência, só serviu para os interesses das elites para tirar o direito dos trabalhadores. O desemprego aumentou muito e subemprego cresce a cada dia mais. Os números da informalidade estão lá encima.

O governo de Jair Bolsonaro é tão ruim que é criticado mesmo por gente que apoiou a sua eleição e e que esteve nos primeiros meses de seu mandato. No governo de Goiás, a situação não é muito diferente.

Céser comentou também que a luta de afirmação do PT e das esquerdas é antigo. "No começo diziam que a gente era um bando de comunistas que comiam crianças. Nem a gente nem quem criticava sabia de fato o que era ser comunista", brincou. Desde o começo tentaram dificultar a existência do partido.  O caminho hoje é a luta, o embate de narrativas. Precisamos mostrar aquilo que fizemos de positivo, de concreto. Contra fatos não haverá argumentos, observou o jurista.

A presidente do partido, Ana Lúcia Pereira Coelho, disse que "é momento de sairmos preparados para os próximos desafios, seja frente às forças políticas contrárias, e que estão oprimindo o trabalhador, seja contra um governo golpista que não tem compromisso com a democracia e que não respeita as instituições".

"É importante também que fiquemos prevenidos contra as falsas informações que são cuidadosamente preparadas e difundidas pelo Whatsapp e pelas redes sociais. Entendo que as redes sociais estão destruindo a sociedade civil e acabando com os nossos valores. Para cada informação inverídica que chegar a nós, devemos reagir para desconstruir a informação. Vamos fazer a diferença no espaço da internet", acrescentou.

Quanto às eleições municipais deste ano, a liderança disse que o diretório respeitará fielmente as resoluções e diretrizes elaboradas pela representação estadual e nacional. Disse também que não se alinhará com partidos que apoiaram o "golpe" contra o povo brasileiro, com a sua retirada de direitos e com partidos que golpearam contra o governo Dilma em 2016 e que articularam pela prisão do principal líder do Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente Lula.

"Contamos com cada um e cada uma para estar conosco neste momento eleitoral. Contamos com o empenho para juntos, para compormos chapas completas, com pessoas comprometidas com o nosso partido e com o município de Orizona. Vamos juntos, com maturidade, pensarmos um projeto sério e embasado para o nosso município.   Não podemos permitir que aventureiros e gente despreparada e que não compreende a seriedade do serviço público venha e faça a cabeça do nosso povo. Contamos também com aqueles e aquelas que não estão filiados ao Partido dos Trabalhadores para chegarem mais junto. Vamos filiar ao PT, vamos fazer parte desse esforço para recuperar a dignidade dos orizonenses", finalizou Ana Lúcia.

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